Durante operação na Maré, os agentes encontraram um laboratório de refino de drogasDivulgação / Polícia Civil

Rio - Policiais civis encontraram, na manhã desta segunda-feira (9), um laboratório de refino de drogas durante uma megaoperação no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, o local também era utilizado para fabricar explosivos.
Localizado no Parque União, o laboratório guardava centenas de materiais, como caixas com lança-perfume e malas cheias de explosivos. Quatro suspeitos foram conduzidos para a Cidade da Polícia.
Na Maré, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, atuam com blindados e helicópteros. 
Os policiais também fazem uma ação na Vila Cruzeiro, dentro do Complexo da Penha, na Zona Norte, e na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. A ação é uma resposta às mortes dos médicos na Barra da Tijuca, que aconteceu na última quinta-feira (5). 
As megaoperações

As megaoperações no Complexo da Penha, na Maré e na Cidade de Deus, na manhã desta segunda-feira, buscam cumprir 100 mandados de prisão. Os principais alvos são integrantes do Comando Vermelho (CV), como Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, Edgar Alves de Andrade, o Doca, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, que teria participado do ataque aos médicos, na Barra, Zona Oeste do Rio.
Em coletiva realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio, o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado José Renato Torres, contou que as operações usam tecnologia, como drones e câmeras de reconhecimento facial.
Todos os equipamentos estão sendo usados para encontrar criminosos que estariam envolvidos em disputas territoriais, além de possíveis participantes do ataque aos médicos, que terminou com três ortopedistas mortos. Abelha e Urso, líderes do CV no estado, são apontados como possíveis mandantes do crime, já que a principal tese da investigação é que o médico Perseu Almeida tenha sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. 
Durante a ação na Vila Cruzeiro, dois helicópteros foram atingidos por tiros. Um desses veículos, da Polícia Civil, teve que fazer um pouso forçado na região, mas nenhum agente ficou ferido.