Catarina Brito, de 22 anos, foi encontrada morta na RJ-114, em Itaboraí, na tarde de segunda-feira (9)Reprodução / Redes sociais

Rio - "A gente da família só quer Justiça, pois quem fez isso tem que pagar. Não foi só a vida dela e sim de mais um ser puro, que é a nossa Maitê. Não vamos descansar até quem fez pagar". O desabafo é de uma amiga da jovem Catarina Lemos de Brito, de 22 anos, sepultada na manhã desta quinta-feira (12) no Cemitério de Maricá, Região Metropolitana do Rio, após ser encontrada enrolada em um saco plástico com sinais de violência. A vítima estava grávida de oito meses de uma menina.
Ao DIA, a amiga, que preferiu não ser identificada, contou que Catarina era uma pessoa muito querida pela família. A jovem era mãe de três meninos, sendo um de 7 anos, outro de 2 e o mais novo, de 1 ano.
"Um deles mora com o pai em São Paulo. Os outros dois são muito pequenos. Estão sentindo muita saudade dela. Ela, como mãe, ninguém nunca teve o que reclamar. Era uma mãe exemplar e coruja. Era ela para tudo", contou. 
De acordo com a amiga, a jovem havia revelado para ela que o pai de seu quarto filho não aceitava a gravidez e eles tinham desavenças. Mesmo assim, a jovem não gostava muito de conversar sobre seus problemas.
"Nós éramos muito amigas. Ela me relatou uma vez que ela e o suposto pai da bebê tinham muita desavença, pois ele não aceitava a gravidez. Catarina sempre foi uma menina que, o que ela passava, ela não era de falar. Ela só falava o que ela gostaria que a gente poderia saber. Ela era muito fechada. O que ela tinha que passar, ela preferia passar sozinha, mesmo eu sentindo que as coisas não estavam bem com ela. Eu poderia perguntar, mas ela falava que não era nada", explicou.
Apesar do relato de discordância com esse homem, a amiga disse que apenas a polícia pode dizer se ele é considerado suspeito do crime. Ainda de acordo com a amiga, o que a família quer no momento é que o culpado seja encontrado e a Justiça seja feita.
"Eu estava dormindo e me ligaram falando que tinha um corpo na estrada que parecia muito com a Catarina, pois ela sempre gostou de roupa vermelha e a moça com quem ela morava falou que ela saiu com aquela roupa. Na hora, eu não consegui acreditar muito, mas fomos pesquisando, mandaram foto e eu vi a tatuagem no braço direito que ela tinha. Tudo que eu pude fazer, eu fiz. Prometi a ela que jamais deixaria  ela e foi assim que eu fiz. A gente da família só queremos Justiça, pois quem fez tem que pagar. Não foi só a vida dela e sim de um ser mas puro que é a nossa Maitê. Não vamos descansar até quem fez pagar", completou.
O corpo de Catarina foi encontrado na tarde da última segunda-feira (9) enrolado em um saco plástico e amarrado com cordas na RJ-114, altura do bairro Pacheco, em Itaboraí, também na Região Metropolitana do Rio. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). Pessoas mais próximas à jovem são aguardadas para prestar depoimento na especializada no sábado (14).