Rio - O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), pediu ao Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) o afastamento do ex-secretário de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, por 12 anos devido a atos de improbidade administrativa. No documento, o órgão também pede a perda das funções públicas e que o ex-secretário pague R$ 1 milhão de indenização por dano moral coletivo.
O delegado está afastado das atividades na Polícia Civil desde que foi preso por suspeita de envolvimento com o jogo do bicho, em setembro de 2022. Atualmente ele responde pelo crime em liberdade. O pedido de afastamento por 12 anos acontece para que o delegado fique impedido de ser relacionado para cargos executivo ou legislativo. Na quarta-feira (18), a Assembleia Legislativa do estado do Rio (Alerj) aprovou o Projeto de Lei que modifica a Lei Orgânica da Polícia Civil. A proposta permite que a corporação seja comandada por delegados que estejam há menos de 15 anos na instituição, independentemente do cargo.
Delegado é investigado pelo MPRJ
Turnowski foi denunciado pelo MPRJ na terceira fase da operação Carta de Corso, em novembro de 2022, pelo crime de obstrução de investigações praticado em conluio com o delegado de polícia Mauricio Demetrio, que está preso desde 2021.
A denúncia diz que Allan Turnowski agiu em conjunto com Mauricio Demetrio para obstruir investigações que tinham como alvo a organização criminosa surgida na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e liderada por este último. "Na ocasião, Allan Turnowski atuou diretamente em farsa que culminou com a deflagração de operação forjada e a prisão ilegal do delegado de polícia Marcelo Machado e seu sócio Alfredo Baylon Dias, em março de 2021", diz o MPRJ.
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