Leonardo foi grampeado terçaDivulgação/PCERJ
Justiça mantém prisão de professor de ginástica acusado de filmar alunas e vender material
Leonardo Azevedo da Costa, de 34 anos, teve prisão em flagrante convertida para preventiva nesta sexta-feira (20)
Rio - A Justiça do Rio converteu a prisão do professor de ginástica Leonardo Azevedo da Costa, de 34 anos, de flagrante para preventiva durante audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira (20). Ele foi preso na terça-feira (17), em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, por filmar e fotografar partes íntimas de alunas e vender o material em um aplicativo de mensagem.
Uma das alunas, que preferiu não ser identificada, disse ao DIA, no dia da prisão, que o homem tinha fotos até de menores de idade em sua galeria. A jovem deixou de ir às aulas de Leonardo depois que ele fez um comentário sobre uma mulher.
"Ele cobrava para entrarem no grupo e divulgava essas fotos lá. Alunas alongando, distraídas, sempre de costas. Lembro que parei de ir à aula dele porque uma aluna foi dançar com um casaco na cintura e caiu durante a dança. Ela tem vergonha e tal. Aí ele começou a falar: 'Nossa, que rabão'. Falava de um jeito afeminado para tentar amenizar, mas era nítido que ela ficava sem graça. Pelo menos eu ficava muito, mesmo sem ser comigo. Então fui parando de ir nas aulas dele", comentou.
As gravações e fotografias foram descobertas por uma das alunas de Leonardo, que registrou o caso na 74ª DP (Alcântara). Ela descobriu que o professor vendia o material por cerca de R$ 50. Segundo a Polícia Civil, o homem confessou que fazia isso com uma adolescente e que havia material de pornografia infantil em seu celular.
Segundo as vítimas, o homem foi alvo de diversas reclamações em uma academia de São Gonçalo, dias antes de ser preso. De acordo com relatos, Leonardo chegava a dar aulas de dança sem roupa íntima.
"As meninas que estavam indo nas últimas aulas me contaram que ele estava indo sem cueca para a academia. Ele foi demitido no dia 10 deste mês por causa dessas reclamações, inclusive", disse outra ex-aluna.
Além de filmar e vender o conteúdo, Leonardo é investigado por armazenar o conteúdo de menores de idade em casa, também em São Gonçalo.
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