Matheus da Silva Rezende, o 'Faustão' (de blusa vermelha), ao lado do tio, o miliciano ZinhoReprodução

Rio - A Polícia Civil investiga se a onda de ataques a ônibus na cidade do Rio teria sido estratégia para despistar a segurança pública enquanto Luís Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', principal líder da maior milícia do Rio de Janeiro, fugia. A informação foi confirmada pelo governador do Rio, Cláudio Castro, nesta terça-feira (24). 
Segundo informações, Zinho estava na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, mesma região onde o seu sobrinho Matheus Rezende da Silva, o Faustão, foi baleado e morreu. Ele também era alvo de uma ação da Polícia Civil, que contou com a participação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Polinter e unidades especializadas, nesta segunda-feira (23).
O Setor de Inteligência da corporação ouviu uma mensagem de alerta, através do rádio apreendido com Faustão, para que Zinho, chamado de "Zero", fosse protegido. 
Sucessor de 'Faustão' na milícia 
A Polícia Civil também investiga o criminoso apontado como o sucessor de 'Faustão'. Rui Paulo Gonçalves Estevão, o 'Pipito', de 33 anos, é apontado como o novo "zero 2" e responsável por coordenar os ataques a ônibus na Zona Oeste do Rio.
Pipito chegou a ser preso, em 2018, por associação criminosa, mas deixou o presídio após dois anos, após um benefício que permitiu saída temporária durante a pandemia. Ele havia sido condenado a seis anos e seis meses de prisão pelo crime.
No último dia 11, o Tribunal de Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o miliciano, que responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. De acordo com as investigações, a vítima teria sido carbonizada e, até o momento, o corpo não foi localizado.