Câmera de segurança flagra ataque a tiros que deixou pré-candidato a vereador e militante mortos em QueimadosReprodução/Redes sociais

Rio - Uma câmera de segurança flagrou o momento em que um criminoso dispara várias vezes contra o pré-candidato a vereador por Queimados Clayton Damasceno Pereira, de 45 anos, e sua secretária e militante Paula Ribeiro Menezes Costa, de 65. Veja o vídeo abaixo. A execução aconteceuno fim da noite do sábado passado (28),  na Rua Olímpia Silva, no bairro Inconfidência, em Queimados, Baixada Fluminense, e é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Pré-candidato a vereador por Queimados Clayton Damasceno Pereira, de 45 anos, e sua  coordenadora de pré-campanha, Paula Ribeiro Menezes Costa, de 65 anos - Reprodução
Pré-candidato a vereador por Queimados Clayton Damasceno Pereira, de 45 anos, e sua coordenadora de pré-campanha, Paula Ribeiro Menezes Costa, de 65 anosReprodução
No vídeo é possível ver dois homens em uma moto passando em frente à sorveteria onde Clayton e Paula estavam sentados. Um deles desce do veículo correndo e faz os disparos contra a dupla. A ação dura cerca de cinco segundos. O atirador retorna para a moto e foge com o comparsa. Uma segunda moto, com outros dois homens, acompanha a ação. A DHBF investiga se o crime tem motivação política e quem são os envolvidos na execução. 
Veja as imagens:
Clayton morreu pouco tempo depois de ser levado para a UPA de Queimados. Baleada na cabeça, Paula foi encaminhada à UPA de Austin, em Nova Iguaçu, e em seguida transferida para o Hospital Geral do município, em estado gravíssimo. Ela foi internada imediatamente no CTI, mas não resistiu e morreu na madrugada de domingo (29).
Clayton tinha forte atuação no cenário político de Queimados e pretendia disputar a eleição para vereador na cidade. Ele era amigo do prefeito Waguinho (Republicanos), de Belford Roxo.
Paula era uma pessoa que respirava política e era bastante requisitada pelos políticos para liderar campanhas de "corpo a corpo" com a população. Ela também denunciava irregularidades que feriam os direitos dos moradores da Baixada e se fazia presente em quase todos os conselhos políticos. Clayton estava trabalhando em conjunto com Paula há quatro meses e no dia do crime a dupla havia realizado uma visita a moradores da região para mapear ações da campanha.
O deputado federal Max Lemos afirmou que vai acompanhar de perto as investigações para identificar os autores do crime. "O que eu quero é que a Polícia Civil chegue à conclusão de quem matou e o motivo. Ainda na madrugada de domingo eu liguei para o secretário da Polícia Civil e também conversei com delegados da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense". O deputado também disse que vai fazer contato com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para que a Polícia Federal possa assumir as investigações.
Clayton foi enterrado no domingo (29), no Cemitério Municipal de Queimados. Já Paula foi sepultada nesta segunda-feira (30), no mesmo local.