Representantes da Marinha do Brasil, forças de segurança e órgãos ligados aos portos concederam entrevista coletivaMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - A Marinha do Brasil contará com cerca de 1,9 mil militares e 120 meios, entre navios, como os Navios Patrulha Oceânicos, diversos tipos de embarcações e veículos do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) durante a missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que ocorrerá nos portos do Rio de Janeiro, de Itaguaí e de Santos (SP).
Nesta segunda-feira (6), a MB, acompanhada de forças de segurança e outros órgãos ligados aos portos, concedeu uma entrevista coletiva para apresentar a atuação. O patrulhamento acontecerá em uma poligonal delimitada nos portos, que não inclui a região da baía que margeia o Complexo da Maré.
"A operação é uma Garantia de Lei e Ordem em decorrência do decreto presidencial assinado no dia 1º de novembro de 2023. É uma GLO no mar, diferente das demais. É calçada fortemente com todos os atores que têm participação nos portos do Rio e de Santos. É uma operação fortemente calçada em informações. Essa operação reforça o lema da própria Marinha de proteger as nossas riquezas e a nossa gente. Com o sucesso dessa operação, vamos estar contribuindo para a proteção de nossa gente", introduziu o Vice-Almirante Renato Ferreira, comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra.
O emprego das Forças Armadas ocorre a partir desta segunda-feira até o dia 3 de maio de 2024, em articulação com os órgãos de segurança pública e, em especial, com a PF e a PRF. A missão tem por finalidade o fortalecimento do combate ao tráfico de drogas e de armas, além de outras condutas ilícitas de repercussão nacional e internacional, por meio de ações preventivas e repressivas.
Renato Ferreira também destacou que a Marinha está preparada para uma possível reação de criminosos.
"A Marinha do Brasil se prepara constantemente para o combate e o combate moderno não é mais como o combate da 2ª Guerra Mundial. Desde o começo desse século que o combate passou a ser no espectro do conflito, na aplicação da força com emprego limitado, podendo chegar até às operações benignas quando a força armada é usada em desastres. Todas as Forças Armadas do mundo se adestram nesse espectro completo, sabendo atuar em todos os eixos e graduar a intensidade do uso da violência. Nós estamos prontos para qualquer uma das situações", disse o Vice-Almirante.
Até o momento, não houve registro de apreensões. Renato ressaltou que os militares não entrarão nas barcas a menos que informações conduzam neste sentido. "A primeira ação foi organizar esse comitê e a parte de inteligência. Começamos ocupando os principais portos do Rio, Itaguaí e de Santos. Também fazemos vasculhamentos e inspeções que são autorizados. Nossa operação será calcada em inteligência. Isso que vai direcionar", concluiu.
"Mobilizamos todo o efetivo da guarda portuária desse a semana passada. Cancelamos folgas em preparação da efetiva chegada da Força Tarefa", complementou Francisco Leite, Diretor-Presidente da Portos Rio.
O Superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio, Vitor Almada, contou que já observa um ganho de segurança desde o reforço de policiamento. "Temos um percentual de 40 a 45% com base nos últimos doze meses, em roubos de cargas e crimes conexos", disse.
Claudiney dos Santos, Superintendente da Receita Federal no Rio, também participou da coletiva. Ele destacou que o órgão atuará com o controle aduaneiro.
"Fazemos o controle do contrabando e descaminho, encontrando armas e drogas. Trabalhamos com gestão de rico, com intuito de garantir a fluidez do comércio para que o tráfico de drogas e de armas não prejudiquem o comércio legalmente instituído. Nosso objetivo não é abrir qualquer carga que está chegando", explicou.
* Em atualização