Evento na Associação Comercial celebrou os dois anos na Aliança Centro-RioDivulgação
Segundo Marcelo Haddad, CEO da Aliança, o encontro teve por objetivo reunir diversos atores interessados ligados direta e indiretamente no processo. “Somos a associação que reúne as maiores empresas do setor imobiliário e proprietários de pontos comerciais e de serviços que, juntos, atuam pelo desenvolvimento do Centro do Rio com a missão de integrar diversas iniciativas na defesa de interesses comuns. No 1º evento, abordamos as Áreas de Revitalização Econômica e, agora, vamos ampliar a discussão para assuntos essenciais para o fortalecimento e a revitalização da área”, explicou.
Nesse encontro, a Aliança discutiu as cinco principais iniciativas em andamento para a revitalização do Centro, de diferentes entidades, visando apresentar e debater com a sociedade os temas que podem transformar a área, foram eles: o Reviver Centro II; o Reviver Cultural; o Masterplan do BNDES, voltado para 46 imóveis públicos na localidade; as Áreas de Revitalização Econômicas (AREs), projeto pilotado pela Aliança Centro Rio; e a conversão de imóveis comerciais em mistos ou residenciais.
Na abertura, o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, disse que não basta ter estatísticas que mostrem que o Centro é um lugar seguro. “É preciso que a população tenha essa percepção, esse sentimento e, para isso, é fundamental entregar segurança e gestão pública, de forma a transformar a região é um lugar para se viver, trabalhar, empreender e visitar”, afirmou.
Alberto Szafran, subprefeito do Centro, que representou o prefeito Eduardo Paes, destacou que o trabalho de monitoramento que a Aliança, em parceria com o Instituto Rio21, tem feito desde novembro de 2021, tem contribuído bastante no levantamento e na busca de soluções para os problemas da região. “No começo, o percentual de solução dos problemas era de 24% e, hoje, 78% das ocorrências abertas são solucionadas e isso é muito bom para a cidade”, falou.
O 1º painel do evento foi “Os novos empreendimentos viabilizados pelo Reviver Centro II” e contou com as participações de Fernando Costa, sócio-diretor da CITÉ Arquitetura; Rafael Carvalho Ramos, da Brix Participações e Investimentos; Flávio Wrobel, diretor W3 Engenharia; e Thiago Dias, subsecretário Executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), com mediação de Claudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon Rio).
Thiago Dias ressaltou que a expectativa do poder público é estimular a ocupação de 250 mil m2 de espaços de imóveis residenciais na região. “O 3º passo seria o Reviver Centro repensar o seu entorno, com a inclusão de bairros como São Cristóvão, Estácio, Glória, entre outros, que apresentam dificuldades e que podem suscitar novos modelos de negócios e criar oportunidades de expansão do programa”, afirmou.
Já no segundo painel “Incentivos para o comércio e a valorização dos espaços públicos” estiveram presentes Chicão Bulhões, Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro; Pedro Duarte, vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro; Paulo Millen, diretor da GTIS Partners, um dos associados da Aliança; Osmar Lima, chefe do Departamento de Ativos Imobiliários Públicos do BNDES. Este painel foi mediado pelo arquiteto, urbanista e mentor do Reviver Centro, Washington Fajardo.
Bulhões frisou que a sociedade é dona da agenda de prioridades para a cidade e isso perpassa o governo. “É preciso construir uma narrativa e isso só é possível por meio de histórias bem contadas e sensações positivas que ajudem a construir esse processo. Essas percepções favoráveis é que dão sustentação à essa narrativa. Por isso, devemos lembrar que todos somos embaixadores do Centro, com o desafio de propagar uma imagem positiva que se perpetue ao longo do tempo”, detalhou.
Osmar Lima, representante do BNDES, lembrou que o Masterplan, iniciado pelo banco de fomento há seis meses, teve início com 150 imóveis (estaduais e municipais) que, depois de uma filtragem, chegou a 75 e, no final, foram selecionados 46. “Agora é momento de apresentar proposta e ideias para os entes públicos, com objetivo de saber se eles têm interesse e aí assim iniciar o projeto em si. “Trata-se de um investimento de longo prazo”, enfatizou.
O último painel “Como viabilizar as conversões de imóveis comerciais”, contou com as participações de Nathalia Lopes, advogada especializada em Direito Imobiliário e Urbanístico; e Marcelo Falcão, sócio da Somauma Arquitetos. A principal orientação da discussão foi voltada aos síndicos de prédios da região: “se querem fazer mudança de uso, o melhor caminho é procurar a administradora e um advogado para orientar na execução do processo”, ressaltou Nathalia Lopes.
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