Gabriel Mongenot estava no Rio para o show de Taylor SwiftReprodução / Redes Sociais
"O assaltante se exaltou pedindo as coisas e o Gabriel estava cochilando na hora. Ele levantou na gritaria, então para o assaltante ele reagiu, mas na verdade ele levantou na correria assustado e foi ferido. Além da tristeza a gente sente uma revolta. Eu vim pra passear, me divertir e eu estou levando ele morto para casa", disse.
O outro suspeito Anderson Brandão, que confessou ter participado do assassinato e chegou a ser reconhecido por testemunhas, foi capturado horas depois da ação no mesmo bairro onde o crime aconteceu. O suspeito tem 14 passagens e já foi abordado 56 vezes pela polícia.
Anderson e Jonathan, então, abordaram novamente o primeiro grupo e anunciaram o roubo, recolhendo alguns pertences. Segundo os amigos de Gabriel, no momento, ele estava deitado, dormindo, teria se assustado com a abordagem e reagido, sendo esfaqueado em seguida. Os indiciados foram presos pouco depois.
Para o juiz Rafael de Almeida Rezende, a segregação cautelar é necessária para a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal. "A gravidade em concreto do delito demonstra a periculosidade dos custodiados e a necessidade de prisão para resguardar a ordem pública", destacou na decisão, enfatizando ainda a extrema brutalidade da ação criminosa.
Gabriel era estudante de Engenharia Aeroespacial pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e era filho da secretária-adjunta da Secretaria de Assistência Social (SAS) de Campo Grande, Inês Mongenot. O jovem, nascido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, estava no Rio para assistir as apresentações da cantora norte-americana, que acontecem no Estádio Nilton Santos, na Zona Norte.
O corpo dele foi encontrado pelos policiais na areia da praia, altura da Rua Figueiredo de Magalhães, com ferimentos por objetivo perfurante. Gabriel estava com as pulseiras de amizade que fãs da artista costumam usar.
No próprio domingo (19) parentes estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo, que segue par o Mato Grosso do Sul, onde ele será sepultado com a roupa que customizou para o show de Taylor Swift.
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