Rio - O delegado Ricardo Hallak, de 66 anos, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, morreu na manhã desta quarta-feira (29). Ele estava internado no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
Ele teria sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estava na Sala Vermelha da unidade de saúde.
Antes de assumir o cargo de chefe da Polícia Civil, Hallak trabalhou em diferentes delegacias, como na de Combate a Roubos de Cargas e de Crime Organizado (Draco). No início dos anos 2000, ele comandou uma investigação sobre fornecimento de armas para traficantes do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Em 2005, suas equipes prenderam Edmilson Ferreira dos Santos, o Sassá, apontado como comandante do tráfico em 17 favelas do Rio.
Devido ao seu trabalho, ele foi escolhido pela então governadora Rosinha Garotinho, em 2006, para ser chefe de Polícia Civil.
Condenação por corrupção
Hallak foi preso em 2008 pela Polícia Federal durante a Operação Segurança Pública S/A. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, o delegado fez parte de uma organização criminosa voltada para a exploração do Jogo do Bicho na cidade do Rio. Ele usaria o cargo para receber propina.
Em primeira instância, o delegado foi condenado a cinco anos e nove meses de reclusão por corrupção passiva. Em 2020, ele teve habeas corpus negado pela ministra do Superior Tribunal de Justiça Laurita Vaz e seguiu preso.
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