Braz também tentou entrar com um processo contra o torcedor por lesão corporalCléber Mendes/Agência O Dia

Rio - O Juizado Especial Criminal (Jecrim) negou o pedido feito pelos advogados do vice-presidente de futebol do Flamengo e vereador Marcos Braz. Os defensores pediram à Justiça a investigação de supostas ameaças sofridas pelo dirigente por parte de integrantes de uma torcida organizada.
O pedido da defesa de Braz foi feito no processo em que o vereador e seu amigo, Carlos André Simões da Silva, respondem por lesão corporal contra o torcedor Leandro Campos da Silveira Gonçalves. Os advogados chegaram a apresentar publicações de redes sociais que continham ameaças contra o dirigente.
No laudo do processo, entre as agressões sofridas pela vítima, estamos uma mordida na virilha. O caso aconteceu em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no mês de setembro. Testemunhas gravaram imagens, que também foram flagradas por câmeras de segurança, do ocorrido.
A juíza Simone Cavalieri Frota negou o pedido e alegou que "nada impede que o requerente solicite a instauração de inquérito policial diretamente à delegacia de polícia". Além disso, a magistrada também informou que não viu relação entre o processo, que trata do episódio de agressão, com as supostas ameaças sofridas por Braz.
A primeira audiência do caso, que estava marcada para a última terça-feira (28), foi adiada para o ano que vem, em fevereiro.
Justiça aceita pedido do MPRJ e arquiva processo de Braz
A Justiça do Rio atendeu ao pedido do Ministério Público e autuou o vereador Marcos Braz por lesão corporal. Na determinação, a Justiça também concedeu o pedido de arquivamento da ação penal em que Leandro Gonçalves aparece como autor de agressão e ameaça contra o vereador. Além disso, também foi concedido a autuação contra Carlos André da Silva, que estava com Braz e também participou da briga.
De acordo com o MPRJ, a análise das câmeras de segurança do local e os depoimentos prestados comprovam que Marcos e Carlos perseguiram o torcedor por um dos corredores do estabelecimento e o agrediram com socos e chutes até serem contidos pela equipe de segurança. O órgão também afirma que não há comprovações de que Leandro tenha ameaçado Braz ou sua filha.
"Imagens captadas pelo sistema de monitoramento do shopping revelam, claramente, a iniciativa do senhor Marcos Braz ao sair correndo da loja na qual se encontrava, seguido de Carlos André, para agredir o senhor Leandro Gonçalves, tendo Marcos corrido repentinamente em direção a vítima e, ao alcançá-lo, desferiu um golpe na altura do pescoço, pelas costas, derrubando-o ao solo, caindo sobre a vítima, momento em que teria efetuado uma mordida em sua coxa direita, ocasionando a lesão demonstrada no laudo supracitado", diz um trecho do pedido do MPRJ