Marcos Braz diz que foi ameaçado de morte na frente da filha antes de briga
Vice de futebol do Flamengo ainda falou sobre sua falta na Câmara dos Vereadores: 'Fiz a opção de estar com a minha filha'
Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo e vereador do Rio, disse que foi ameaçado de morte por torcedor antes de briga no Barra Shopping - Cléber Mendes / Agência O Dia
Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo e vereador do Rio, disse que foi ameaçado de morte por torcedor antes de briga no Barra ShoppingCléber Mendes / Agência O Dia
Rio - O vereador e vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz (PL), concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (21) e reforçou que a briga com um torcedor em um shopping na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, ocorreu após ser ameaçado de morte na frente da filha. Em relação à acusação de ter mordido a virilha do torcedor, ele disse não se lembrar. Outro ponto abordado foi a falta em uma votação na câmara. Braz disse que optou por estar com a filha em vez de ir ao plenário, no Centro do Rio.
Braz afirmou que o torcedor Leandro Campos da Silveira Gonçalves Júnior, de 22 anos, foi o único, dos três, que lhe fez ameaças veementes, inclusive de morte. O dirigente justificou que perdeu a paciência com medo de acontecer algo com sua filha, de 14 anos.
"Ele chega e começa as ameaças. Dessa vez, de maneira diferente. Tanto que as gravações que esses dois fizeram não aparece em nenhum momento eu discutindo com eles. Só eles falavam. Eu falei para o cara: 'já vieram aqui, Minha filha está aqui'. Nisso, eu perco o raio de visão dela. No fundo da loja, teoricamente, elas estavam mais perto dele do que eu. Aquilo estava me incomodando. Uma filha de 14 anos vendo o pai sendo xingado e ameaçado de morte. Isso começou a me tirar do sério. Falei sistematicamente várias vezes que a minha filha estava ali. Eu peço desculpas, mas a última frase foi 'f...-se a sua filha'. O final vocês viram", disse.
Braz pediu desculpas e alegou que estava sem seguranças no momento da briga. "Peço desculpas pelo evento, para as pessoas, peço desculpas pelo transtorno que causei à diretoria e torcida do Flamengo. Não precisava ter passado por isso, peço desculpas por não ter me preparado pra ter sido ameaçado de morte ao lado da minha filha, só isso. Eu não tinha nenhuma segurança comigo, os que estavam lá, os que apareceram são segurança do shopping", afirmou.
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Ele ainda reforçou que permanecerá como vice-presidente no Flamengo. "Eu tenho um cargo de confiança do atual presidente e tenho certeza que vamos continuar", complementou.
Urgente! Marcos Braz, dirigente do Flamengo, foi cobrado por um torcedor do Fla e agrediu o rubro-negro. Testemunhas relatam que Braz está errado porque o agrediu. pic.twitter.com/wiboXAVGKz
Na noite de terça-feira (19), a advogada Ani Luizi, que representa o torcedor, disse, na frente da 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado, que Leandro não ameaçou Braz em nenhum momento. Ele apenas teria criticado e cobrado a atuação do Flamengo.
"Estava passeando. Acabou encontrando o Marcos. Ele apenas demonstrou sua insatisfação como torcedor do Flamengo, mas em nenhum momento foi agressivo. Nada que saia da formalidade ou algo do tipo. Acabou sendo agredido pelo Marcos Braz e seus seguranças. Ele fez até então os primeiros procedimentos, fez um curativo, porém ele precisa comparecer ao Instituto Médico Legal para realizar o exame de corpo de delito para verificar a gravidade da lesão", explicou.
Falta na Câmara
Em relação à falta na Câmara dos Vereadores, Braz disse que às terças e quintas, de 13h30 às 16h, os parlamentares dão presença virtual pra entrar no sistema, onde eles têm conhecimento das pautas que vão ser votadas, de 16h às 18h, mas que ao iniciar a votação, quem não comparece ao plenário ganha falta.
"Chega 16h e se você não botar o dedo dentro da câmara, você toma falta, você é descontado do salário. Eu tomei a falta, eu não fiz nenhuma ilegalidade, eu vou ser descontado, só para deixar claro. Eu fiz a opção de estar com a minha filha um dia antes do aniversário dela, uma filha que não mora comigo, foi uma opção minha", disse.
A votação no plenário era sobre a Prefeitura do Rio contrair um empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 702 milhões. Sobre isso, ele disse que em outras sessões votou contra a pauta.
Em relação a ser ouvido na próxima terça-feira (26), pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio, o parlamentar alegou não achar necessário, mas disse que vai esclarecer todas essas questões.
"O vereador vai na casa voltar o que quiser e onde quiser. Isso nada tem a ver com Comissão de Ética, isso é para estupro, assassinato. Aí eu vou porque fui comprar um presente para a minha filha", disse.
Marcos Braz foi eleito vereador nas eleições de 2020, quando foi o sexto candidato mais votado com 40.938 votos.
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