Rio - Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) analisam imagens de câmeras de segurança para esclarecer a morte de Briani Fábio Ruas, de 23 anos. O jovem foi esfaqueado, na tarde deste domingo (3), após intervir em uma discussão entre sua mãe e um homem em situação de rua, na Pavuna, Zona Norte do Rio. Patrícia Ruas, de 42 anos, e o irmão da vítima, Breno Fábio Ruas, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para realizar a liberação do corpo.
Breno informou que estava em casa com a mulher quando recebeu a notícia do que tinha acontecido com o irmão e a mãe. "Só me falaram que meu irmão e minha mãe tinham sofrido um acidente, mas ninguém explicou o que tinha acontecido. Nisso, eu entrei em um carro e fui pra Pavuna encontrar eles. Quando cheguei lá, só vi minha mãe com braço e costas enfaixados. Ele tinha ido visitar minha mãe porque tava há muito tempo sem ver ela. Antes, ele até me ligou perguntando se eu ia também. Depois disso, foi só tragédia", disse.
Breno disse que a mãe foi atingida primeiro e em seguida, ao tentar defendê-la, Briani foi esfaqueado. "O que me contaram foi que um rapaz veio com facão e atingiu minha mãe que tava de costas. Ela correu pra pedir ajuda pro meu irmão e ele foi pra cima do cara pra defender. Nisso, ele deu duas facadas, uma no braço e outra no peito. Ele correu e foi pedir ajuda no ponto de moto taxi, mas caiu e morreu na hora. Falaram que era uma faca de açougueiro, bem grande tanto que quando pegou no peito dele, rasgou até a barriga. Ele ainda tentou correr mesmo ferido, mas caiu duro e já não se mexia mais", contou ao DIA.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o quartel de Ricardo Albuquerque foi acionado para a Avenida Sargento de Milícias, ao lado do viaduto da Pavuna, por volta das 15h. A vítima morreu ainda no local. Já a mãe também foi atingida, mas sobreviveu.
De acordo com Breno, seu irmão e o rapaz suspeito de esfaqueá-lo já tinham desavenças há anos. "Ele era conhecido na Pavuna e me falaram que ele tinha intenção de matar os dois, não é a primeira vez que ele tenta fazer isso com meu irmão. Eles tinham uma rixa. Ele que começou a implicar com meu irmão, mas ele nunca ligou pra isso. Só que quando ele viu que partiu pra cima da minha mãe, foi defender", contou.
Segundo ele, Briani sempre foi brincalhão com todos os amigos e familiares. "Meu irmão é autista e todo mundo trata ele como criança, ele é muito conhecido lá, todo mundo brica e zoa. Ele é uma criança mesmo, faz amizade com todo mundo, não faz maldade com ninguém, mas quis proteger minha mãe", explicou.
Após a morte do filho, Patrícia pede por Justiça. "Ele sumiu, mas é conhecido na Pavuna. Eu só quero justiça, onde ele estiver, vai ter que pagar pelo o que fez com meu filho. Todo mundo gostava do meu filho, era um menino trabalhador e carinhoso. Ele morreu nos meus braços enquanto eu tentava estancar o sangue com a camisa", lamentou.
A Polícia Civil informou que testemunhas foram ouvidas e a perícia foi realizada no local. A investigação segue em andamento na DHC. Até o momento, ninguém foi preso.
Ainda não há informações sobre a data e local de sepultamento de Briani Fábio.
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