O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Assistência Social, Adilson Pires, participam da cerimônia de posse dos novos conselheiros tutelaresPedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Foi realizada, na manhã desta quarta-feira (10), a cerimônia de posse dos novos conselheiros tutelares que ocuparão o cargo nos próximos quatro anos. Foram eleitos, em outubro do ano passado, cinco titulares e cinco suplentes para cada um dos 19 Conselhos Tutelares do município. O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Assistência Social, Adilson Pires, estavam presentes na reunião realizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
De acordo com Paes, o papel do conselheiro é proteger as crianças e impedir possíveis desvios em suas trajetórias. "Criança tem que ser protegida. A gente precisa entender que nossas crianças estão em processo de formação e construção daquilo que vai ser sua identidade e o papel de todos nós é impedir que esse desvio na trajetória da criança possa acontecer, esse nobre papel dos conselheiros é garantir e cobrar. Não tem mundo perfeito, a gente tem que permanecer sempre otimista e não imagine que é só vida fácil o papel de conselheiro, mas o importante é não perder aquilo que te levou a se candidatar, que é executar essa missão importante. A gente precisa permanecer com essa vontade principalmente quando envolve voto popular", ressaltou o prefeito.
As eleições para escolher os 190 conselheiros tutelares foram realizadas em outubro do ano passado. Com mais de 128 mil votos, a eleição bateu recorde de eleitores. O Rio foi a quarta cidade com o maior número. Se comparado com a última eleição, que aconteceu em 2019, foi registrado um aumento de 21 mil participantes neste ano.
O secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, parabenizou os conselheiros eleitos e ressaltou a importância do papel exercido pela classe. "Esse momento é muito especial porque quando a gente vai tomar posse é um entusiasmo só, mas depois, no dia a dia, é muita dificuldade, são muitos problemas, mas queria dizer que vocês foram eleitos para uma função fundamental na sociedade porque cuidar de criança e adolescente é uma responsabilidade muito grande", disse.
A candidata Patrícia Felix foi a mais votada, com 5,9 mil votos. Já Rodrigo Tigrão, foi o menos votado e conquistou a última vaga, com cerca de 230 votos. Pela primeira vez na história, as urnas eletrônicas foram utilizadas em todo o território brasileiro para o processo de escolha.
A presidente da Comissão Eleitoral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, Patrícia Coda, definiu o processo de eleição como desafiador e árduo. "Eu queria parabenizar todos os conselheiros depois de um processo longo e trabalhoso. Eu me orgulho do trabalho que realizamos. Foi árduo, desafiador, mas foi um processo para entregar uma eleição justa e democrática", finalizou.
O Conselho Tutelar é o órgão permanente e autônomo encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Desta forma, os conselheiros tutelares devem atuar para proteção integral desse público, como prevê o Estatuto da Criança e dos Adolescente. Durante o mandato de quatro anos, esses servidores públicos têm a responsabilidade de zelar pela garantia de direitos fundamentais, como educação, saúde, convívio familiar e proteção contra a violência.