Três pessoas foram atingidas em um prédio e um bar da regiãoReprodução/Google Maps

Rio - Policiais civis realizaram, nesta quarta-feira (10), uma perícia para identificar a trajetória dos disparos de armas airsoft que atingiram moradores de Copacabana, no fim de semana passado. Ao menos três pessoas foram alvejadas pelas esferas de plástico que saem do equipamento.
O caso foi registrado na 13ª DP (Ipanema) após um ataque contra uma idosa. O filho dela procurou a delegacia e contou que, na madrugada de domingo (7), a mãe ouviu barulhos nas janelas e, ao sair para verificar o ocorrido, foi atingida. Ao relatar o episódio a um funcionário do prédio, ele contou que um vizinho também havia sido baleado. 
Na noite anterior, um cliente de um bar e restaurante nas esquinas das ruas Aires Saldanha e Miguel Lemos já havia sido atingido por uma bala de airsoft. Segundo o gerente do estabelecimento, a vítima era estrangeira e foi embora.
"Um cliente foi atingido na varanda. Foi a primeira vez que isso aconteceu. O cliente era 'gringo', não era nem brasileiro, era uma mesa com aproximadamente oito pessoas, uma mesa grande. Imediatamente, eles levantaram, pagaram a conta e foram embora. Ninguém sabe de onde veio", afirmou André Aranha.
Após os relatos, policiais da 13ª DP (Ipanema) estiveram nas proximidades para conversar com moradores. Por ter sido a primeira vez que eles presenciam uma situação como essa, os agentes acreditam que os tiros possam ter partido de um apartamento alugado por temporada.
Armas de airsoft
As armas de airsoft disparam pequenas bolas de plástico, por meio de ar comprimido ou mola, e são utilizadas em esportes que simulam operações militares ou situações táticas. Os equipamentos são feitos exclusivamente para fins recreativos, não podem disparar projéteis letais e não são considerados armas de fogo.
Além disso, as armas de airsoft não devem ser confundidas com simulacros, já que têm características que as diferenciam, como uma ponta laranja no cano e a marcação "airsoft" no corpo. Por isso, portar o objeto não é considerado crime, desde que seja de tráfego permitido e esteja em conformidade com as regras estabelecidas.