Carro em que os criminosos estavam ficou com diversas marcas de tiroReprodução
Carlinhos Cocaína, chefe do tráfico da CDD, e comparsa são mortos em tiroteio com PMs
Traficantes resistiram à prisão e atiraram contra os policiais; corporação realiza operação emergencial na comunidade
Rio - O traficante Carlos Henrique dos Santos, o Carlinhos Cocaína, apontado como um dos chefes do tráfico que atua na Cidade de Deus, foi morto na madrugada desta sexta-feira (12), durante um confronto com a Polícia Militar na Freguesia, Zona Oeste do Rio. Outros dois comparsas também foram baleados e um deles não resistiu. Após a intensa troca de tiros, a PM realiza uma operação emergencial na comunidade. Ainda não há informações sobre prisões ou apreensões na região.
Segundo a corporação, o trio não respeitou a ordem de parada e resistiu à prisão atirando contra os agentes do 18º BPM (Jacarepaguá), que patrulhavam a Cidade de Deus. Os criminosos foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, no entanto, já chegaram sem vida na unidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro de saúde do terceiro rapaz é considerado grave. Os policiais apreenderam um fuzil, duas pistolas e um radiotransmissor.
Por conta da operação, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Centro Municipal de Saúde Hamilton Land e as Clínicas da Família Lourival Francisco de Oliveira e José Neves acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspenderam o funcionamento.
Quem é Carlinhos Cocaína
Carlinhos Cocaína é um dos oito traficantes alvo de mandados de prisão expedidos pela Justiça suspeitos de envolvimento em uma troca de tiros com policiais militares em 2016, onde um helicóptero da PM caiu, matando quatro policiais.
O criminoso, apontado como gerente financeiro do tráfico na localidade conhecida como Apartamentos, foi alvo de uma operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro em 2019. Na ocasião, a mulher do criminoso foi presa em uma casa de luxo avaliada em R$ 2 milhões, na Freguesia. A operação Pró-Labore, como foi chamada, teve como base a investigação que apontou que os alvos lavavam o lucro do tráfico de drogas da Cidade de Deus através da compra de imóveis, usando laranjas, operadores e até advogados.
Durante os setes meses que foi apurado os crimes, foi descoberta a aquisição de cerca de 29 imóveis, sendo pelo menos sete propriedades imobiliárias formais usando laranjas, enquanto os outros não foram formalizadas, no total de R$ 5 milhões. Foram ainda descobertos gastos de mais de R$ 500 mil em espécie.
Carlinhos Cocaína tá havia sido preso em 2010. Na ocasião, os agentes chegaram ao criminoso, em uma casa no bairro de Engenho da Rainha, Zona Norte do Rio, por meio de uma de informação do Disque-Denúncia. Após fugir do presídio no mesmo ano, ele voltou a comandar o tráfico de drogas na Cidade de Deus.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.