Publicado 06/01/2024 13:24 | Atualizado 06/01/2024 15:21
Rio - O menino Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos, pediu uma prancha de bodyboard emprestada, pouco antes de desaparecer na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A criança foi vista pela última vez na quinta-feira (4), quando brincava na areia com duas crianças e um homem estrangeiro, próximo à barraca da família, no momento em que o pai atendia clientes.
De acordo com o dono de uma barraca próxima a dos familiares, conhecido como Alemão, a criança pediu a prancha emprestada, mas ele não tinha mais o equipamento e disse para o menino falar com outro barraqueiro. Entretanto, por conta das condições do mar, que estava revolto e com ondas grandes, o homem negou. Em seguida, Édson Davi teria voltada para perto do pai. "Ele não foi para o mar, ele é um menino educado demais, inteligente demais, eu não creio nisso, não", afirmou.
O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e uma das linhas de investigação é de que a criança tenha se afogado e, por isso, o Corpo de Bombeiros realiza buscas na praia. Os trabalhos começaram na sexta-feira (5) e foram retomados na manhã deste sábado (6), partindo do posto 4, onde ele foi visto pela última vez, se estendendo por toda a orla, com drones, helicóptero, motos aquáticas, mergulhadores, além de um triciclo.
Os familiares não acreditam que ele tenha entrado no mar, mas que foi sequestrado pelo estrangeiro com quem brincava antes de sumir. A mãe organiza uma manifestação na praia, neste domingo (7), às 9h. Em imagens obtidas pela Polícia Civil, o menino aparece andando sozinho por um trecho no calçadão da praia, de cerca de 100 metros, no dia de seu desaparecimento. Posteriormente, a criança conversa com um homem e volta para a areia. A gravação é de uma câmera de um quiosque próximo à barraca dos pais de Édson Davi. Horas depois, parentes aparecem no estabelecimento o procurando.
Em depoimento à DDPA, um funcionário que trabalha na barraca dos pais relatou que presenciou o suposto estrangeiro brincando de futebol com a criança e descreveu as características dele. Samuel Barbosa Tenório disse que o homem aparentava 40 anos e tem cabelos grisalhos e que conseguiria reconhecer o suspeito do possível sequestro. Mas, as informações não foram suficientes para os investigadores fazerem um retrato falado.
Um vídeo curto gravado pelo celular do pai mostra Édson Davi momentos antes de desaparecer, usando uma camisa de manga térmica, na cor preta. Ele também vestia uma bermuda preta e estava descalço. O Programa Desaparecidos divulgou um cartaz onde busca informações sobre o paradeiro da criança. O Disque Denúncia recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
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