Rio - As aulas da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio (EEFD/UFRJ) foram suspensas por tempo indeterminado, na manhã desta quinta-feira (2), após um desabamento interno. De acordo com a universidade, parte de um beiral cedeu e rompeu as paredes de um corredor de acesso para o ginásio e salas de aula por volta das 22h de quarta-feira (1º).
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, esteve no local com o prefeito universitário, Marcos Maldonado, e o diretor do Escritório Técnico Universitário (ETU), Roberto Machado, para avaliar as condições do local e informou que as aulas estão suspensas para a segurança dos estudantes.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ vai realizar uma Assembleia Estudantil Emergencial no estacionamento da unidade, às 17h45 desta quinta-feira (2). "Essa absurda situação estrutural da UFRJ não apenas impede as aulas, mas coloca a vida dos estudantes em risco", informou o DCE por meio de nota.
No dia 6 de setembro do ano passado, também na véspera do feriado, por volta das 15h30, ocorreu um desabamento da marquise de uma área do curso de Dança da EEFD, onde estavam localizadas quatro salas de aula. A UFRJ ainda aguarda uma vistoria da Defesa Civil para todo o prédio da unidade, mas as aulas estão suspensas por tempo indeterminado. O desabamento ocorreu no corredor da entrada, em frente a Coordenação de Extensão.
As aulas que estão acontecendo fora do prédio da EEFD e são de outras unidades (anatomia, aquelas da Praia Vermelha etc.) estão mantidas. Somente as que retornaram no dia 24 de abril estão canceladas.
Situação financeira da UFRJ
Em nota, o reitor Medronho destacou que a situação financeira da UFRJ é complexa. "A instituição começou o ano com um déficit de R$ 152 milhões, essenciais para honrar os contratos que garantem o funcionamento adequado de todas as atividades. Em 12 anos, o orçamento foi reduzido pela metade, mas o número de alunos cresceu 50%. Nós estamos numa crise orçamentária sem precedentes, mas esta Reitoria não vai medir esforços para recuperar a UFRJ", informou Medronho por meio de nota.
De acordo com dados que ainda estão sendo levantados no sistema de gestão técnica do patrimônio imobiliário, o Reab (ETU/UFRJ), é preciso em torno de 567 milhões para as edificações com graves anomalias para a recuperação dos prédios da Universidade. Roberto Medronho destacou que é necessário urgentemente de verbas para recuperar várias edificações da UFRJ. O ETU/UFRJ fez um levantamento de, até o momento, 52% de nossas edificações. O custo para a recuperação estimado em 2023 era de 796 milhões.
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