Rio - Uma mulher foi presa em flagrante, nesta quarta-feira (12), em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, por vender medicamentos falsos.
De acordo com a Polícia Civil, Carla Alessandra de Andrade começou a ser investigada pela comercialização de Imunoglobulina 5G (50 ML) a um paciente do Hospital Universitário Antônio Pedro.
A vítima faz tratamento na unidade contra uma doença inflamatória que causa problemas motores, chamada de CIDP, e foi alertada pela própria equipe do hospital de que havia comprado um remédio falso.
Os profissionais identificaram o erro através da caixa, que possuía o logo da empresa Bayer Corporation, que não produz, distribui ou importa tal produto. Além dos riscos à saúde, a vítima ainda sofreu um prejuízo de R$ 282.450 mil.
Carla foi encontrada dentro de casa por agentes da 76ª DP (Niterói). No local ainda foram encontrados diversos medicamentos, inclusive amostras grátis, cuja comercialização é proibida, e itens com validade vencida.
Segundo a polícia, a presa admitiu que os produtos eram destinados à comercialização, mas não apresentou autorização para venda, nem nota fiscal para comprovar a procedência.
Além da prisão, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na sede de uma empresa envolvida na comercialização dos itens falsificados.
Durante as investigações, uma segunda vítima do golpe foi identificada. Ela sofreu um prejuízo de R$ 136 mil.
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Em 2022 a Bayer já havia emitido uma nota em seu site informando que este medicamento nunca foi produzido, importado, nem tampouco comercializado pela empresa.
"Comunicamos que a Bayer S/A, por meio de reclamação de mercado recebida pelo seu SAC, tomou conhecimento de que o produto Gamimune N.5% está sendo comercializado com sua logomarca, o que trata-se de fraude", dizia o informativo.
Na ocasião, a empresa comunicou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o caso. Em seguida, uma resolução foi publicada no Diário Oficial da União.
Procurada para comentar o caso, a Bayer informou que reitera o posicionamento publicado em seu site, referente à comercialização do produto Gamimune N.5% com logomarca da empresa.
"Trata-se de fraude, uma vez que o referido produto nunca foi produzido, importado, nem tampouco comercializado pela empresa, e que propostas de venda eventualmente recebidas devem ser comunicadas às autoridades competentes".
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