Gessé Souza dos Reis está internado com quadro estável no Hospital Adão Pereira Nunes, em CaxiasReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Um homem de 30 anos que, de acordo com familiares, apresenta espectro autista, foi baleado na coxa direita por um policial civil em Magé, na Baixada Fluminense. A vítima, Gessé Souza dos Reis, teria corrido após se assustar com os agentes. Ele está internado no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, também na Baixada. O caso, que aconteceu na quarta-feira (10), está sendo investigado pela Corregedoria da polícia.

Segundo familiares de Gessé, uma viatura teria se aproximado enquanto ele andava pelo bairro Parque dos Artistas, a caminho da casa da irmã. Em entrevista ao RJTV, da TV Globo, eles contaram que Gessé se assustou e correu para um terreno, onde foi abordado e baleado.

Ele foi descrito pelos familiares como carinhoso, dócil, sorridente e apaixonado por música. Testemunhas afirmam, também ao RJTV, que três policiais estariam envolvidos na abordagem.

Segundo a direção da unidade onde Gessé está internado. Ele deu entrada no hospital com perfuração por arma de fogo na coxa direita e, após avaliações e exames, foi evidenciado fratura exposta de fêmur direito.

"O paciente passou por cirurgia, realizada sem intercorrências. No momento, ele segue internado, lúcido, orientado e estável", informou a prefeitura de Duque de Caxias, responsável pelo hospital.

Procurada, a Polícia Civil contou ao DIA que Gessé teria encurralado um agente, que, para "resguardar sua segurança e integridade física, realizou um disparo de arma de fogo na direção do chão". A nota afirma que um estilhaço feriu a perna da vítima, e que ele foi socorrido pelos agentes e encaminhado à uma unidade da região pelo Samu.

Ainda segundo a Civil, o registro de ocorrência, feito na 66ª DP (Piabetá), não foi realizado pelo policial que realizou o disparo.
"O agente foi ouvido e diligências estão em andamento para apurar os fatos. A Corregedoria-Geral de Polícia Civil (Cgpol) foi comunicada e acompanha a investigação", finaliza a nota da corporação.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) informou que também acompanha o caso.