Os cabos extraídos eram armazenados na empresa e na residência dos investigados Divulgação
Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), as investigações tiveram início em 19 de fevereiro deste ano, após a apreensão do material em Nova Iguaçu, na mesma região, e identificaram que empresa é licenciada pela Secretaria de Meio Ambiente de Belford Roxo. Os proprietários foram identificados como Wellington Alves Da Silva e Milton Peixoto Da Costa.
A licença de operações, no entanto, foi dada sem qualquer procedimento licitatório ou administrativo, e a extração ocorreu sem nenhuma perícia técnica, ainda sem ciência ou autorização da concessionária de serviço público, que teve seu material roubado. Os cabos extraídos eram armazenados na empresa e na residência dos investigados em péssimas condições ambientais.
Ao longo da investigação, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas envolvendo os investigados e sua empresa, que indicavam a prática de lavagem de dinheiro decorrente da comercialização de cobre obtido de forma ilícita. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou que entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, apenas Wellington movimentou mais de R$ 28 milhões, valor incompatível com a sua capacidade financeira declarada.
Wellington e Milton coordenavam a compra do cobre desviados e, em seguida, revendiam o material. As movimentações financeiras incluíam a rápida retirada de dinheiro de suas contas bancárias, transferindo para contas de familiares, empresas de fachada e saques em espécie de forma fracionada, sugerindo a ocorrência do crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, o roubo desse tipo de material, além de afetar a continuidade da prestação de serviços essenciais, gera sérios riscos e transtornos à população em geral. Quem adquire ou comercializa materiais provenientes de furto e roubo do patrimônio de concessionárias de serviços públicos está sujeito à pena de três a oito anos de reclusão, além da possibilidade de responsabilização criminal por outros delitos, aplicação de multa e interdição do estabelecimento comercial.
As ações da DRF também pretendem orientar os proprietários dos ferros-velhos e recicladoras. A investigação continua em andamento, visando a completa elucidação dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
"Cabe ressaltar que todas as licenças ambientais são concedidas mediante a análise minuciosa e criteriosa dos documentos apresentados pelo solicitante. A Prefeitura salienta ainda que não tem nenhum tipo de gerência sobre qualquer empresa, que deve ser punida na forma da lei caso não cumpra as normas estabelecidas", disse em nota.
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