Rio - A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (7), uma operação contra um grupo de investidores suspeito de utilizar informações privilegiadas para obter vantagens financeiras. De acordo com as investigações, eles tiveram um ganho bruto de cerca de R$ 5 milhões entre o período de 2016 a outubro de 2022. Agentes da corporação saíram para cumprir quatro mandados de busca e apreensão no Rio, sendo dois deles na Freguesia, Zona Oeste, e outros dois na Tijuca, Zona Norte.
Segundo a PF, os investidores foram descobertos após uma denúncia de que estariam se antecipando aos movimentos do mercado de ações de forma ilegal. O crime, chamado de Front Running, consiste na prática de um operador financeiro antecipar a um investidor que irá realizar uma grande operação, capaz de influenciar no preço de mercado de um ativo e, dessa forma, gerar lucro.
Ao longo das investigações, a PF descobriu que as informações privilegiadas vinham do funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), instituição financeira que tem como objetivo intermediar a compra e venda de títulos e valores mobiliários. Segundo a corporação, o homem repassava as informações para pessoas conhecidas com o intuito de que se antecipassem aos movimentos do mercado.
A Justiça determinou o sequestro de bens e valores até R$ 5.141.045,34, quantia arrecadada pelo grupo investigado. Além disso, afastou o funcionário da DTVM por envolvimento no esquema.
Os investigados poderão responder pelos crimes de Front Running, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Se somadas, as penas máximas superam os 20 anos de reclusão, além de também envolverem multa e ressarcimento dos valores obtidos ilegalmente.
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