Leonel de Esquerda está internado no Glória DOr, no Centro, depois de ser agredido na TijucaArquivo Pessoal

Rio - O candidato a vereador Leonel Querino da Silva Neto, conhecido como Leonel de Esquerda (PT), foi agredido, na manhã deste domingo (1º), na Tijuca, na Zona Norte. Ele alega que o candidato a prefeito e deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) foi o responsável pela violência.
A confusão aconteceu na Praça Varnhagen, por volta das 11h. Segundo a assessoria de Leonel, o candidato teria sido agredido por Amorim e os seguranças dele enquanto fazia campanha no local.
Leonel foi socorrido e encaminhado ao Hospital Glória D'Or, no Centro, onde se encontra internado em estado grave, sob cuidados médicos, no Centro de Terapia Intensiva (CTI). De acordo com o deputado federal Lindbergh Farias (PT), a vítima sofreu fraturas na face e hematomas.
"Infelizmente, um episódio grave de violência política. Segundo relatos da sua equipe, houve um chute desferido pelo candidato a prefeito Rodrigo Amorim na cara do Leonel. Ele acabou de fazer uma tomografia, é gravíssimo, foram encontradas fraturas na face e hematomas. Estamos preocupados com a situação dele. Tem que haver uma investigação, se houve isso mesmo, um chute de um candidato a prefeito a uma candidato a vereador, nós vamos querer punição. É muito grave", publicou nas redes sociais.
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota repudiando as agressões e cobrando providências sobre o ataque.
"Exigimos das autoridades e, sobretudo, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) providências para que possamos fazer o debate saudável, democrático pautar o que é melhor para o povo da cidade do Rio de Janeiro", diz o comunicado.
O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca). De acordo com a Polícia Civil, diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
A Polícia Militar e o Programa Segurança Presente não atuaram na ocorrência.
O que diz Rodrigo Amorim?
Ao DIA, a equipe de Rodrigo informou que o deputado estadual e candidato à prefeito foi acompanhado da mulher ao encontro do irmão, o vereador Rogério Amorim (PL), para que juntos fossem almoçar com suas famílias na Praça Varnhagem, na Tijuca. No local, acontecia um evento do PL.
Segundo a assessoria, Leonel dirige, há alguns anos, provocações e ofensas contra a honra da família de Amorim e teria premeditado a abordagem a Rodrigo. Quando o deputado chegou no local, ele teria sido abordado pelo candidato a vereador, que teria feito ofensas à família dele e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 
De acordo com a assessoria, Leonel estava com um contorno suspeito na cintura e Rodrigo achou que era uma faca. Houve conflito e o deputado teria agido em defesa própria.
"Ao ser assediado por Leonel, Amorim agiu em defesa própria, tentando afastar o celular do youtuber de seu rosto. O youtuber caiu durante a confusão e o deputado reagiu pedindo para todos os envolvidos se afastarem a fim de acabar com o tumulto. Em seguida, se abrigou, diante da chegada de seguranças de Leonel", diz a nota.
Os advogados do deputado registraram o caso na 19ª DP (Tijuca) e solicitaram uma medida de afastamento de Leonel em relação a Rodrigo, "para preservar a integridade física de Amorim e evitar que essa conduta - recorrente há três eleições - se repita". 
Sindicato repudia agressão
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro publicou uma nota, nas redes sociais, manifestando solidariedade a Leonel, que é presidente licenciado do Sindicato dos Radialistas do Estado do Rio.
Segundo a instituição, Leonel foi empurrado e, no chão, levou um chute no rosto desferido pelo deputado, com os atos sendo gravados pelas câmeras da Prefeitura.
"O fato é gravíssimo, até porque não se trata de uma ocorrência isolada. Precisam ser apurados pela Polícia e pela Justiça e os agressores punidos na forma da lei. Essas eleições não podem se transformar nas eleições da violência, da agressão, da intimidação, da tentativa de cercear o direito de ir e vir, de impedir a liberdade de expressão. O Rio de Janeiro não pode virar um faroeste político. A democracia não tolera intimidações, agressões e barbárie. Punição para os responsáveis, já!", diz o comunicado.