Suposta obra irregular na Estrada do Catonho, número 1.948, em Jardim Sulacap, Zona Oeste do RioReginaldo Pimenta/ O Dia
Após denúncia de crime ambiental, prefeitura embarga obra irregular na Zona Oeste
Moradores reclamaram que uma extensa área verde foi destruída para a construção acontecer em Jardim Sulacap
Rio - A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE) do Rio embargou, nesta segunda-feira (9), uma obra de dois pavimentos que acontecia de forma irregular na Estrada do Catonho, número 1.948, em Jardim Sulacap, Zona Oeste. O embargo acontece após o DIA publicar uma reportagem com denúncias de moradores sobre o terreno.
De acordo com a SMDUE, há um processo de licenciamento de obras, que só poderia ser iniciado após o cumprimento das exigências que constam na ação. Diante disso, a Prefeitura do Rio enviou uma equipe ao local, constatando o início irregular da obra.
Ainda na denúncia dos moradores, eles dizem que uma vasta área verde foi destruída para a construção de dois pavimentos em uma área total de 409,5m². Em nota, a secretaria informou que os proprietários da obra devem abrir o processo junto à Secretaria Municipal de Ambiente e Clima (SMAC) para que avalie a autorização ou não do corte de árvores no terreno. Imagens do antes e depois do terreno dão a dimensão da perda de área verde no bairro.
O que dizem os envolvidos
Na placa pendurada na entrada do terreno consta o nome de Vagner Patrício de Jesus Amparo como proprietário do empreendimento. Conforme apurado pela reportagem, no nome de Vagner há registrada uma empresa cuja atividade principal é obras de alvenaria. Além dele, também aparece o nome da engenheira civil Heloisa Siqueira Fontes como responsável técnica.
A engenheira civil Heloisa disse que é a responsável técnica da construção de uma loja no terreno, mas que o local possui proprietário com Registro Geral de Imóveis (RGI). "Como engenheira eu emito uma ART no CREA e uma placa para o cliente construir", justificou ela sobre o seu nome aparecer na placa. Ainda segundo responsável técnica, a Polícia Ambiental e a Polícia Civil estariam cientes da obra.
O proprietário Vagner Patricio ainda não retornou ao contato da reportagem de O DIA. O espaço está aberto para manifestação.
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