Rio - O governador Cláudio Castro (PL) anunciou, em reunião com a cúpula de segurança pública do estado, realizada na tarde desta segunda-feira (30), que haverá um reforço no efetivo das Polícias Militar e Civil. O encontro aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, Região Central do Rio.
A decisão foi tomada levando em conta a vacância existente nos setores, seja pela ida de agentes para a inatividade (aposentadoria dos policiais civis e reserva remunerada para militares), morte ou desistência. O governo garantiu que a medida não fere as normas do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), já que as convocações são para preenchimento de cargos vagos.
Segundo Castro, o número de vagas no concurso de soldado da PM, que está em andamento, será dobrado, ou seja, os 4 mil melhores classificados serão encaminhados para o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), onde participação do processo de formação durante um ano. Antes, só passariam os 2 mil primeiros.
A previsão é que a primeira turma, composta por mil candidatos, finalize todo o processo exigido em março de 2025 e inicie suas atividades nas ruas após a conclusão do curso.
"Eu não tenho dúvida que é um grande reforço para nossa segurança pública e que a gente vai dar um salto maior ainda de qualidade. Isso é fruto de muito trabalho, muito respeito às contas públicas para gente poder melhorar o policiamento, melhorar a vida daquele que vive, que empreende, que mora ou que vem visitar o nosso Rio", disse o governador, que ainda citou o planejamento de ter concurso para a corporação de dois em dois anos.
O coronel Marcelo Menezes, comandante da PM, informou que o concurso atual concluiu a parte intelectual, ou seja, a primeira e a segunda fase, que consiste em prova discursiva e objetiva. Ao todo, o processo tem nove etapas, incluindo avaliação médica, avaliação física e pesquisa social.
"Ao final do processo, os 4 mil melhores classificados ingressarão no nosso curso de formação de soldados. Esses policiais irão representar um forte ganho operacional tanto para a Polícia Militar, quanto para a segurança pública do estado do Rio", comentou.
Polícia Civil
A Polícia Civil também receberá um reforço no efetivo. De acordo com Castro, serão abertas 1.588 vagas para o cargo de inspetor de polícia. As vagas são especificamente para o cargo, não havendo vacância para outros, como investigador policial, por exemplo.
"Conseguimos aqui com muito esforço, achando vacância, achando aquilo que o Regime de Recuperação Fiscal nos permite, chamar mais aprovados do concurso de inspetor de polícia. São mais 1.588 vagas. Isso está deixando a gente em uma felicidade enorme. Vamos voltar a equipar, vamos voltar a ter uma Polícia Civil forte, com condição de fazer as investigações e combater mais ainda o crime organizado e levar segurança", destacou o governador.
O delegado Felipe Curi, secretário de Estado de Polícia Civil, explicou que o número será dividido em duas turmas com a primeira contendo 800 candidatos, que começarão a Academia de Polícia em fevereiro do ano que vem e se formarão em agosto. Já a segunda durma iniciará o curso em setembro de 2025 e terminará em março de 2026.
"Isso vai engrandecer, acrescentar e melhorar muito o trabalho da Polícia Civil no que tange ao combate ao crime organizado. Isso vai refletir também na queda dos índices de criminalidade", afirmou Curi.
Os concursos para a Polícia Civil são de 2021, quando inicialmente foram oferecidas 400 vagas. No entanto, o governo ampliou esse número para 1.741. As primeiras turmas, com 832 policiais formados em dezembro, foram nomeadas de forma imediata. São delegados, inspetores e outros profissionais essenciais para a segurança pública.
No momento, há 840 candidatos em formação nos cursos destinados aos cargos da Polícia Civil, com previsão de formatura ainda neste ano. Assim como no concurso da PM, a banca organizadora dos certames da Polícia Civil é a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O secretário de Estado de Segurança Pública também destacou os reforços. "A segurança pública é uma prioridade deste governo. As convocações representam um avanço no sentido de minimizar o impacto no déficit do efetivo. A Polícia Civil, por exemplo, ficou 10 anos sem concurso, o que causou uma defasagem muito grande. Então essa autorização do governador para convocar mais policiais é o maior ganho de efetivo dos últimos anos", disse Victor dos Santos..
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