PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu, é investigado por emitir falso positivo para HIVRenan Areias/Agência O Dia
Sócios de laboratório investigado por erro em teste de HIV já foram condenados por caso semelhante
Na ocasião, os envolvidos era donos de outro laboratório em Belford Roxo. A paciente foi indenizada em R$ 10 mil
Rio - Dois sócios do PCS Lab Saleme, laboratório investigado por erro em testes de HIV, já foram condenados pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) por falso resultado positivo para o vírus em 2011. Na ocasião, Márcia Nunes Vieira e o médico Walter Vieira, eram donos da PCS LAB Farroula Analises Clinicas LTDA e tiveram que indenizar a paciente no valor de R$ 10 mil, conforme constam nos autos do processo. O caso aconteceu em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde o laboratório funcionava.
Na decisão, expedida em 2018 pela 2ª Vara Cível da Comarca de Belford Roxo, o juiz Glauber Bittencourt Soares da Costa alegou que o falso resultado positivo causou à vítima intenso sofrimento e problemas em sua relação conjugal. Após o pagamento do valor, o processo foi arquivado.
Agora, o laboratório PCS Lab Salema, que tem como sócios Marcia, Walter e Matheus Sales Teixeira, é investigado pela Polícia Civil, Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do estado do Rio e Cremerj, pela contaminação de seis pessoas por HIV, após receberem transplantes de órgãos. Nenhum deles estava infectado antes e o primeiro caso foi descoberto há um mês, quando um dos pacientes testou positivo para o vírus. Todos os exames de sangue dos doadores foram realizados pelo PCS Lab e apresentaram falso negativo.
A situação foi descoberta no último dia 10 de setembro, quando um paciente transplantado foi ao hospital com sintomas neurológicos e teve resultado para HIV positivo. Logo depois, amostras dos órgãos doados pela mesma pessoa foram analisadas e outros dois casos confirmados. Há uma semana foi notificado que mais um receptor de órgãos teve o exame de HIV positivo, após o transplante. Até o momento, estão confirmados seis casos.
A reportagem tenta contato com Marcia Nunes, Matheus Sales e Walter Vieira. O espaço está aberto para manifestação.
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