Rio - A Secretaria de Saúde do Rio criou um Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COEs) para acompanhar os casos de contaminação por HIV após erros em testes por parte da PCS Lab Salema. A criação do comitê foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (15).
De acordo com a pasta, esta é mais uma medida para acolher os pacientes e dar mais segurança aos procedimentos relacionados a transplantes, para que o episódio, considerado anteriormente sem precedentes, não se repita.
"O COEs é instalado sempre que temos uma emergência em saúde pública. Já acionamos esse dispositivo durante a pandemia de Covid-19 e a epidemia de dengue, por exemplo. Neste primeiro momento, faremos encontros diários para oferecer respostas ainda mais rápidas que ajudem a mitigar os impactos desse fato absurdo e sem precedentes relacionado ao transplante de órgãos", disse a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello.
A secretaria também iniciou inspeções da Vigilância Sanitária estadual, desde segunda-feira (14), nas unidades hospitalares que realizam captação de órgãos. A medida vai revisar a aplicação das normas desses procedimentos. Uma equipe de Segurança do Paciente também está visitando as unidades transplantadoras.
Outras medidas
Na sexta-feira (11), quando o caso se tornou público, uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados, identificando as necessidades específicas de cada um deles. O Hospital Universitário Pedro Ernesto foi designado como referência para o atendimento aos pacientes, que já começaram a receber medicamentos pelo SUS.
Outra medida implementada foi suspender o contrato com o PCS Lab, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, e interditar cautelarmente as atividades presenciais.
Os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio, que também está reavaliando todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, período de atividade do laboratório.
"Não estamos medindo esforços para elucidar os fatos e punir os responsáveis. É importante ressaltar que o serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas", finalizou Claudia Mello.
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