Rio - Quem procurou os postos de saúde para se vacinar contra a Covid-19 na cidade do Rio, não encontrou a dose do imunizante nesta terça-feira (15). O Ministério da Saúde, responsável pela distribuição, informou que o processo de licitação para a compra de novas remessas está em fase de conclusão. Ainda não há previsão para a chegada.
A procura pelo reforço da vacina ganhou novos cenários após a descoberta da variante XEC, fruto de uma recombinação genética de linhagens anteriores da Ômicron. Ela foi detectada em dois pacientes residentes na capital fluminense, diagnosticados com covid-19 em setembro.
Conforme o Ministério da Saúde, já foram distribuídos mais de sete milhões de doses da vacina XBB contra a covid-19 aos estados. Para o estado do Rio de Janeiro foram enviadas 407.220 doses.
No dia 4 de outubro, o ministério recebeu 1,2 milhão de doses, o que deve viabilizar a regularização da vacinação infantil em todo o país, com entrega dos novos lotes prevista para a próxima semana.
"Devido às condições operacionais das vacinas, a distribuição está ocorrendo de forma semanal, conforme capacidade de recebimento e armazenamento da rede de frio dos estados. O processo de licitação para a compra de mais doses está em conclusão. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde distribui as doses das vacinas aos estados, que, por sua vez, são responsáveis por repassá-las aos municípios", diz a nota.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou que, no dia 2 de outubro, recebeu 20 mil doses da vacina XBB em seringas preenchidas, destinadas ao grupo prioritário com idade a partir de 12 anos.
"Todas as doses foram encaminhadas aos municípios, com exceção da capital, que, atualmente, recebe repasse diretamente do Ministério da Saúde", afirma a pasta.
Já a prefeitura respondeu que a campanha de vacinação de reforço para covid-19 com a vacina XBB se encerrou. "No momento, o Rio e os demais municípios do país aguardam orientação do Ministério da Saúde e o envio de novo aporte do imunizante contra covid-19/XBB específico para todas as pessoas com 5 anos ou mais que fazem parte dos grupos prioritários", finaliza.
Sobre a variante XEC
Segundo a Fiocruz, análises indicam que a XEC surgiu através da recombinação genética entre cepas que circulavam anteriormente. O fenômeno ocorre quando um indivíduo é infectado por duas linhagens virais diferentes simultaneamente. Nesta situação, pode ocorrer a mistura dos genomas dos dois patógenos durante o processo de replicação viral.
O genoma da XEC apresenta trechos dos genomas das linhagens KS.1.1 e KP.3.3. Além disso, a linhagem apresenta mutações adicionais que podem conferir vantagens para a sua disseminação.
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