PF prende grupo do PCC que usa Airtags para rastrear cocaína oculta em casco de navioDivulgação/Arquivo

Rio - A Polícia Civil realiza, na manhã desta quinta-feira (7), a Operação Profeta, que mira uma organização criminosa especializada em golpes a partir de uma empresa de investimentos em criptomoedas e mercado Forex. Rodrigo dos Reis, fundador da RR, foi preso durante a ação.
Batizada de Operação Profeta, a ação tem o objetivo de desarticular o grupo, responsável pela prática de diversos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, além de recuperar bens e ativos adquiridos a partir das condutas ilícitas.

Policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio; Barueri, Guarulhos, Cajamar e Salto, em São Paulo. Também foi determinado o sequestro de bens e valores de mais de R$ 262 milhões. As ordens judiciais foram expedidas pela 6ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.

As investigações foram iniciadas após denúncias das vítimas relatando que os investigados se apropriaram dos valores aplicados em uma empresa de investimentos em criptomoedas e mercado Forex. É estimado que a organização criminosa lesou cerca de 10 mil investidores em pouco mais de R$ 260 milhões.

Os investigados articularam uma complexa estrutura empresarial para captar investidores e, em seguida, se apropriar dos recursos aplicados e enviá-los para o exterior sem o conhecimento das vítimas, por meio de exchanges (corretoras de criptomoedas).
O nome da operação vem do fato de que o líder da organização criminosa usava a religião para atrair mais vítimas e cultivar a confiança das pessoas já envolvidas com o esquema financeiro fraudulento.

Os crimes investigados incluem diversos delitos contra o Sistema Financeiro Nacional (apropriação indevida de valores; negociação de títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e sem autorização da autoridade competente; fazer operar instituição financeira sem a devida autorização; e evasão de divisas), além dos crimes de exercer a atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem a devida autorização; organização criminosa transnacional; e lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual.