Rio - Um motorista de aplicativo foi baleado, na tarde deste domingo (10), durante uma perseguição policial na Av. Pastor Martin Luther King, em Inhaúma, Zona Norte do Rio.
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Bruno Bastos, de 46 anos, foi baleado por engano enquanto estava indo abastecer o carro. Segundo ele, a PM ainda tentou o acusar de estar na contramão.
"Eu tenho que agradecer a Deus por me dar mais uma chance. Gostaria de esclarecer o que aconteceu, a polícia está alegando que eu estava na contramão, que eu estava na Linha Amarela, mas eu nem passei pela Linha Amarela, eles confundiram o carro. Estava indo para o posto abastecer, não estava na contramão e de repente apareceram duas viaturas na esquina da rua e já atirando. O carro da PM em movimento e eles [os policias] já atirando, muitos disparos", expôs.
Bruno estava trabalhando como motorista em um carro escuro, modelo Tracker, similar ao usado pelos criminosos, que estava sendo perseguido pelos policiais. Ainda de acordo com relato da vítima, os PMs ainda alegaram que ele não teria obedecido a ordem de parada.
"Eu tive muita sorte, eles me socorreram na hora e viram que erraram Na hora eles ficaram falando que eu não parei, sendo que eu não passei nem por eles em momento algum. Nem cruzei com a polícia. Só vi e recebi tiro", desabafou.
Após ser atingido, Bruno foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Por volta das 10h44 desta segunda-feira (1), a vítima recebeu alta.
Em seu relato, a vítima também contou que quer justiça pelo que passou. "Eu estava na Rua Engenho da Rainha, no bairro de Inhaúma, estava descendo a rua devagar, do nada eles apareceram e começaram a atirar. Agora quero justiça. É um milagre eu estar saindo agora do hospital. Na hora eu achei que ia morrer, era muito tiro, estilhaços de vidro".
De acordo com a Polícia Militar, a Corregedoria Geral instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias da ação, durante uma ocorrência do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE).
O caso foi comunicado na 44ª DP (Inhaúma), segundo a Polícia Civil, pelos próprios policiais militares que participaram da ocorrência. A investigação está em andamento para esclarecer as circunstâncias dos fatos.
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