Bruno Machado Marino, de 39 anos, era técnico de iluminação do Teatro Raul CortezReprodução / Prefeitura de Duque de Caxias
O caso aconteceu na manhã do último sábado (9). Bruno foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Caxias. Em nota, a prefeitura informou que Bruno deu entrada na unidade de saúde em estado gravíssimo, com queimaduras extensas no rosto, tronco, membros superiores e coxa direita, cobrindo aproximadamente 76,5% de seu corpo.
Bruno era técnico de iluminação do Teatro Raul Cortez, que fica no bairro Vila Meriti, e a Secretaria de Cultura e Turismo do município emitiu uma nota lamentando o falecimento. No texto, a pasta explicou que ele era responsável pelo projeto de iluminação cênica da casa cultural, e que estava no cargo há 18 anos, desde a inauguração do espaço, em 2006. "A equipe da SMCT DC agradece pela sua generosa contribuição e se solidariza com a família e amigos neste momento de imensa dor", expressa a nota.
Manuela explicou que Bruno era uma pessoa de muita confiança, e que, quando começou a se relacionar com a criminosa, em 2018, se afastou de todos os amigos e familiares. "A Andreia isolou ele do mundo, todos perderam o contato com ele. Não a conhecia muito bem, mas sempre soube que ela era louca de ciúmes. Depois do que ela fez, ela ligou para a filha dela e disse: 'acho que fiz uma besteira, acho que matei o Bruno', e foi a menina quem chamou a polícia e os bombeiros. Em nenhum momento a Andreia mostrou arrependimento, nem quando confessou o crime", contou.
"O Bruno era como um irmão pra mim, uma pessoa excepcional. Desde o dia que nos conhecemos, sempre foi extremamente atencioso, respeitoso, confiável e muito protetor. Não tem ninguém que vai relatar algo ruim dele, era muito da paz, apaziguador, a última pessoa desse mundo que merecia tanta crueldade. Eu e minha esposa estamos incrédulas e devastadas com o que aconteceu. Ele foi arrancado da gente, ela tirou a oportunidade de termos o nosso amigo de volta. Só queremos justiça, que a criminosa seja condenada", protestou Manuela.
A líder de atendimento ainda relatou que iria visitar o amigo no hospital. "Encontrei ele pela última vez no fim do ano passado, estava irreconhecível. Era um outro homem. Já era magro, estava mais magro ainda, e totalmente cabisbaixo, infeliz… Não era mais aquela pessoa alegre que conhecíamos, estava totalmente recluso", lembrou Manuela, que afirmou que a família já suspeitava de que algum episódio de violência aconteceria com Bruno.
Procurada pelo DIA, a Polícia Civil informou que as investigações do caso estavam a cargo da 60ª DP (Campos Elíseos). De acordo com a corporação, a mulher foi presa em flagrante no dia 9 de novembro, inicialmente acusada de tentativa de homicídio qualificado. No entanto, com a confirmação do falecimento do rapaz, o crime deve ser reclassificado para homicídio qualificado. O caso já foi encaminhado à Justiça.
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