O ônibus foi assaltado na Avenida Brasil nesta quinta-feira (13)Reprodução/BDRJ
Rio - Passageiros e o motorista de um ônibus viveram momentos de terror durante um assalto na Avenida Brasil, altura de Irajá, na Zona Norte, na manhã desta quinta-feira (13). Segundo testemunhas, os bandidos atiraram duas vezes dentro do ônibus, agrediram e ameaçaram as vítimas e ainda deram uma munição de "presente" ao condutor do veículo.
O coletivo é da viação Evanil e fazia o trajeto Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, até a Vila Isabel, na Zona Norte. Após roubar os pertences dos passageiros, os criminosos fugiram na altura da Cidade Alta, comunidade que integra o Complexo de Israel.
As vítimas foram levadas pelo próprio motorista do ônibus até a 20ªDP (Vila Isabel), onde prestaram depoimento. No local, muito assustados, eles disseram que um dos tiros foi feito na escada e o outro para o alto.
Dentre os passageiros, um homem precisou ficar deitado no chão durante todo o trajeto e uma mulher foi agredida após entregar um celular secundário. O assalto durou cerca de 15 minutos e teve início por volta das 5h.
Ainda segundo testemunhas, a todo momento eles ameaçavam os usuários do transporte e o motorista. À imprensa, um dos passageiros relatou o caso e explicou que enquanto um dos bandidos apontava a arma para o condutor, outro passou recolhendo os pertences.
"Um meliante deu sinal na altura do Shopping Via Brasil, subiu ele e logo em seguida, ele segurou para entrar o outro. O que estava armado ficou próximo ao motorista e o outro atravessou a roleta e veio recolhendo tudo, celular, aliança e logo já deu um tiro pro alto. Ele cismou comigo, mandou eu deitar no chão, falou que ia me matar. Foi tenebroso! Foram uns 15 minutos de tensão, tinha gente passando mal dentro do ônibus", contou.
O passageiro, que teve a identidade preservada, relatou também a sensação de insegurança na cidade. "Eu tive que ficar deitado sem olhar pra ele. Como carioca é vexatório você trazer alguém de fora pra isso. Veio o Carnaval, a segurança estava a todo vapor, mas agora é isso aí, vem a madrugada e eles aproveitam para assaltar todo mundo. É muito triste ter que passar por isso. Nossa dignidade vai lá embaixo, a gente se sente um lixo", disse
Os bandidos ainda quebraram as câmeras de segurança do veículo. Segundo o motorista Gildo Vida, ele já passou por cinco assaltos enquanto trabalhava. "Ele deu um tiro pro alto, pegou uma munição e deu para o motorista: 'Toma aqui um presente pra você'", relatou outra testemunha.
Outra passageira, a vigilante Evelyn do Carmo, contou que estava dormindo quando foi surpreendida por um dos disparos.
"Eu acordei no susto com um disparo dentro do ônibus, mas como estava passando na Avenida Brasil eu achei que fosse alguma comunidade ali em guerra, mas aí o rapaz que estava do meu lado falou que era aqui dentro e falou para eu me abaixar. Eu fiquei nervosa, comecei a chorar e eles vieram recolhendo tudo, agredindo os passageiros, bateu na menina que deu o celular falso, deu dois tapas nela", relatou.
Indignada, Evelyn revelou que teve o celular roubado. "É horrível você levantar pra trabalhar cedo e passar por um terror desse. É muito triste a gente trabalhador ter que perder nossas coisas que a gente batalha com tanto sacrifício. Eles levaram meu celular e minha carteira de vigilante que estava na capa, eu consegui tirar minha aliança de ouro e guardar na mochila, ainda bem que não revistaram", finalizou.
O passageiro, que teve a identidade preservada, relatou também a sensação de insegurança na cidade. "Eu tive que ficar deitado sem olhar pra ele. Como carioca é vexatório você trazer alguém de fora pra isso. Veio o Carnaval, a segurança estava a todo vapor, mas agora é isso aí, vem a madrugada e eles aproveitam para assaltar todo mundo. É muito triste ter que passar por isso. Nossa dignidade vai lá embaixo, a gente se sente um lixo", disse
Os bandidos ainda quebraram as câmeras de segurança do veículo. Segundo o motorista Gildo Vida, ele já passou por cinco assaltos enquanto trabalhava. "Ele deu um tiro pro alto, pegou uma munição e deu para o motorista: 'Toma aqui um presente pra você'", relatou outra testemunha.
Outra passageira, a vigilante Evelyn do Carmo, contou que estava dormindo quando foi surpreendida por um dos disparos.
"Eu acordei no susto com um disparo dentro do ônibus, mas como estava passando na Avenida Brasil eu achei que fosse alguma comunidade ali em guerra, mas aí o rapaz que estava do meu lado falou que era aqui dentro e falou para eu me abaixar. Eu fiquei nervosa, comecei a chorar e eles vieram recolhendo tudo, agredindo os passageiros, bateu na menina que deu o celular falso, deu dois tapas nela", relatou.
Indignada, Evelyn revelou que teve o celular roubado. "É horrível você levantar pra trabalhar cedo e passar por um terror desse. É muito triste a gente trabalhador ter que perder nossas coisas que a gente batalha com tanto sacrifício. Eles levaram meu celular e minha carteira de vigilante que estava na capa, eu consegui tirar minha aliança de ouro e guardar na mochila, ainda bem que não revistaram", finalizou.
Em nota, a Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove) lamentou que, mais uma vez, motorista e passageiros tenham vivenciado ameaças e momentos de violência dentro do transporte público.
"A Semove ressalta que colabora com as autoridades de segurança em ações de prevenção e repressão e pede a ajuda de todos na identificação dos criminosos, solicitando que informações sejam encaminhadas ao Disque Denúncia", disse em comunicado.
"A Semove ressalta que colabora com as autoridades de segurança em ações de prevenção e repressão e pede a ajuda de todos na identificação dos criminosos, solicitando que informações sejam encaminhadas ao Disque Denúncia", disse em comunicado.
Outros casos
Esse não é o primeiro caso de assalto a ônibus na Avenida Brasil. No dia 28 de fevereiro deste ano, um veículo de turismo vindo de São Paulo foi roubado na via expressa, na altura de Ramos, Zona Norte. Os passageiros tiveram os pertences levados, e os autores do crime fugiram.
Em janeiro, criminosos abordaram outro coletivo na altura da Penha, também na Zona Norte, roubaram pertences e fizeram ameaças, além de terem atirado dentro do veículo. Na ocasião, uma ocupante precisou ser levada para o hospital.
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