Colombiana Carolina Sánchez Lópes assassinada em Manguinhos Reprodução / Redes Sociais

Rio - O juiz titular da Vara de Registros Públicos do Rio de Janeiro autorizou, nesta quarta-feira (13), que o corpo da colombiana Carolina Sánchez Lópes possa ser cremado como desejava a vítima. A artista circense foi vítima de feminicídio no último dia 16 de fevereiro, ao ser estrangulada por um conhecido em Manguinhos, Zona Norte do Rio.

De acordo com o Judiciário, a autorização se sustentou com base na declaração da irmã da artista, Tatiana Sánchez López, que reiterou que este era o último desejo de Carolina. Além disso, foi apresentada uma documentação que ressalta a inexistência de qualquer oposição das autoridades policiais no andamento das investigações e também um parecer favorável do Ministério Público.

“Ante a ausência de oposição por parte da Autoridade Policial e do perito legista responsável pelo laudo complementar de necropsia, defiro a medida de urgência pretendida, com a finalidade de que o corpo de Carolina Sánchez López seja submetido à cremação”, destaca a sentença do juiz Alessandro Felix.

Entenda o caso

Assim como o caso de Julieta Hernández, Carolina era migrante e artista circense que apresentava seu trabalho pelas ruas. A vítima, que vivia em situação de vulnerabilidade, recebeu um convite do responsável pelo crime, Sérgio Luiz de Carvalho, para que fosse morar em sua casa, na comunidade no Mandela, em Manguinhos.

Segundo as investigações, o autor do crime alegou ter se "defendido" durante uma discussão com Carolina. Ele disse que suspeitou que a vítima teria furtado sua carteira, celular e dinheiro.
O laudo médico apontou que ela tinha lesões corporais graves e sinais de estrangulamento, e o criminoso teve a prisão temporária decretada.