Luiz Carlos de Lomba, o Chocolate, foi encontrado em ItaperunaDivulgação
Operação Espoliador: líder do TCP na Maré é preso em consulta de procedimento estético
Luiz Carlos de Lomba, conhecido como 'Chocolate', de 61 anos, é apontado como um dos pilares da facção
Rio - Luiz Carlos de Lomba, conhecido como "Chocolate", de 61 anos, apontado como um dos três pilares da hierarquia do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, na Zona Norte, foi preso, na manhã desta quinta-feira (13) durante a Operação Espoliador, realizada contra foragidos por crimes de roubo, latrocínio e receptação. Agentes encontraram o criminoso em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Ele chegou na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte, de helicóptero.
De acordo com as investigações, Chocolate tinha a função de "químico" da facção, sendo responsável pela avaliação, aprovação ou reprovação da qualidade e pureza da cocaína comercializada pelo TCP na Maré. A Polícia Civil identificou que ele não atuava mais presencialmente no Complexo e atualmente trabalhava em esquema de home office para a organização.
No momento da prisão, Luiz passava por uma consulta de avaliação de um procedimento estético. Segundo a corporação, ele havia feito uma harmonização facial com o objetivo de alterar sua aparência para despistar a polícia, evitando assim pagar pelos crimes cometidos.
Contra Chocolate, havia um mandado de prisão, expedido pela Justiça em 2024, pelos crimes de associação criminosa e roubo. Ele é investigado em, pelo menos, 35 procedimentos criminais. Em 2021, a Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) identificou Luiz como um dos organizadores de bailes funks na Vila do João, no no Complexo da Maré, utilizados para aumentar lucros com a venda de droga, bebidas e até comidas.
A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Defraudações (DDEF), da 21ª DP (Bonsucesso) e da 143ª DP (Itaperuna).
Megaoperação no estado
A Polícia Civil realiza, nesta quinta-feira (13), uma megaoperação em todo o estado para prender foragidos da Justiça por crimes de roubo - realizado em todas as suas modalidades - latrocínio (roubo seguido de morte) e receptação. Até o momento, 407 pessoas foram presas.
Segundo as investigações, boa parte dos crimes são estimulados por narcotraficantes que realizam a venda de drogas em comunidades, assim como exploram territórios de diferentes formas.
A corporação informou que, para aumentar o lucro, as organizações criminosas também emprestam armas e auxiliam em todo processo logístico para a execução de outros delitos, como roubo de cargas, de veículos, a pedestres, a residências, a instituições financeiras e a estabelecimentos comerciais. Os recursos adquiridos alimentam as disputas territoriais, bem como financiam a "caixinha" das quadrilhas.
A ação ocorre em todo o estado e conta com a participação de mais de 700 policiais civis das delegacias dos Departamentos-Gerais de Polícia da Capital (DGPC), da Baixada (DGPB), do Interior (DGPI), Especializadas (DGPE) e de Homicídios (DGHPP).
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