Segundo moradores, a Barão de Mesquita é uma das ruas que têm sofrido com assaltos frequentes na TijucaReprodução/Google Street View
Moradores da Tijuca reclamam de assaltos constantes em diferentes ruas do bairro
Polícia Civil afirma que atua de forma integrada com a PM para coibir crimes
Rio – O Rio de Janeiro vive uma permanente sensação de insegurança, e com o bairro da Tijuca não é diferente. Os moradores reclamam de frequentes assaltos em diferentes ruas e com dinâmicas distintas.
Em uma rede social, uma moradora da Rua Barão de Mesquita abriu uma lista longa de críticas ao relatar assaltos todos os dias na altura do número 164: “Estamos apavorados, pedindo ajuda”, escreveu ela.
Uma vizinha da mesma rua acrescentou: "Em frente ao número 70 também. Polícia foi avisada e fotos enviadas".
Uma usuária que reside em outro endereço da Tijuca também mencionou crimes diários: “Aqui na Maria Amália também tem assalto todo dia. É sem horário, pode ser dia, noite”.
Outros relatos citaram ainda outras diversas ruas: “Avenida Paula Souza, Avenida Maracanã... No entorno do Maracanã”, observou uma moradora; “Pela Uruguai, próximo à Engenheiro Ernani Cotrim, também”, alertou outra.
Os moradores também chamaram atenção para os diferentes métodos usados pelos criminosos: “Pode ser sozinho, acompanhado; a pé, no carro”, disse uma; “Caras a pé, de moto, de bicicleta... Estamos entregues à sorte”, lamentou outra.
Teve ainda quem aproveitasse o debate para mostrar descontentamento com a segurança pública de forma mais genérica: “Triste fim da cidade do Rio de Janeiro”; “Rio abandonado”; “Tijuca toda pede socorro”; “Tijuca entregue às moscas”.
As estatísticas, a propósito, corroboram com a lamentação de quem vive na Tijuca. De acordo com levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), janeiro de 2025 teve aumentos significativos no número de roubos no bairro se comparado ao mesmo período do ano passado.
Roubo a transeunte subiu de 27 ocorrências registradas para 60 (122%), enquanto o roubo de celular foi de 24 para 67 (179%). Já o total de roubos, que inclui outras modalidades - como de veículo, de bicicleta, a residência e a estabelecimento comercial -, cresceu de 93 casos para 174 (87%).
O DIA procurou uma moradora - que preferiu não ser identificada - para tratar do assunto, e a resposta, naturalmente, foi em tom de desabafo: "A insegurança pelas ruas da Tijuca aumenta cada vez mais. Além de roubos a pedestres, estão assaltando estabelecimentos, ônibus; roubando ar-condicionado de restaurantes; tentando entrar em prédios. A falta de proteção policial e do direito de ir e vir de nós cidadãos, que pagamos impostos para tudo, está cada vez maior. A quem recorrer?", questionou.
A Polícia Civil, procurada pela reportagem, informou que investiga a atuação de grupos criminosos na Tijuca e busca identificar e responsabilizar os envolvidos. Além disso, atua em parceria com a Polícia Militar para coibir os assaltos.
A PM, representada pelo 6º BPM na Rua Barão de Mesquita, também foi questionada, mas afirmou que precisa saber as datas dos crimes para fornecer mais informações. A associação de moradores não retornou.
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