Rio - A Justiça do Rio marcou para esta quarta-feira (19), às 13h, a audiência de instrução de Wesley da Silva Alves de Souza, de 21 anos, suspeito de assassinar e enterrar o corpo de Caio da Silva Rendão, também de 21 anos, no quintal de uma casa em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu em junho do ano passado.
Caio da Silva Rendão, de 21 anosReprodução
Além de Wesley, Júlio César Regis dos Santos Pereira, conhecido como 'Pastorzinho', também será ouvido. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), ele procurou a mãe de Caio e a coagiu a pagar uma quantia em dinheiro, alegando que o havia sequestrado — embora Caio já estivesse morto.
Ao todo, 27 testemunhas de acusação, arroladas pelo MPRJ, além de dois policiais, foram convocadas para prestar depoimento. A audiência será realizada na 1ª Vara Criminal de São João de Meriti.
A reportagem de O DIA não conseguiu contato com a defesa dos acusados. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Relembre o crime
O crime aconteceu em fevereiro do ano passado, no bairro Coelho da Rocha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O corpo da vítima só foi encontrado no dia 10 de junho, enterrado em um canteiro de obras.
De acordo com a polícia, Caio foi morto devido a uma dívida, o que configura motivo torpe. O Ministério Público ressaltou que a relação de amizade entre ele e Wesley facilitou o crime, já que a vítima não desconfiava que seria atacada.
Após o homicídio, o corpo de Caio foi esquartejado, colocado em um saco, enrolado em um lençol e descartado em uma construção próxima à casa de Wesley. No dia 10 de junho, o rapaz tentou fugir com os restos mortais da vítima após um pedreiro encontrar os ossos, e foi impedido por vizinhos. De mãos vazias, ele conseguiu escapar do local antes da chegada dos policiais, mas acabou preso três dias depois.
Na ocasião, ele estava escondido na casa de familiares em Belford Roxo, também na Baixada, e chegou a admitir que enterrou o corpo de Caio aos agentes da Delegacia de Homicídios (DHBF). O pedido de prisão foi estendido por mais um mês, no decorrer das investigações.
Em agosto, Wesley e Júlio César foram denunciados pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
"O MPRJ requereu a prisão preventiva dos acusados, sustentando que os crimes imputados são de extrema gravidade, hediondos e praticados de maneira desproporcional, evidenciando a periculosidade dos denunciados", dizia um trecho da denúncia na época.
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