Rio - A Polícia Civil realiza, na manhã desta quinta-feira (20), uma operação contra um grupo criminoso especializado em roubos a vans. Segundo apurado, a quadrilha, que atua principalmente na Zona Oeste, desmancha os veículos para vender suas peças. Até o momento, seis pessoas foram presas. Na região, há ainda registro de tiroteio e barricadas em chamas.
A ação é realizada pelas delegacias de Repressão a Entorpecentes (DRE) e de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), com o apoio de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Os agentes estão nas ruas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão.
De acordo com as investigações, os criminosos operam de forma altamente organizada, contando com batedores, roubadores, receptadores e desmanchadores. O líder do grupo foi flagrado em diversas conversas coordenando as ações do bando, indicando alvos e negociando veículos roubados. Além dele, outros membros foram identificados.
As diligências demonstraram que os bandidos mantinham contato constante para planejar e executar os roubos. Durante a investigação, um dos comparsas da quadrilha foi preso em flagrante conduzindo uma van recém-roubada, confirmando a especialização do grupo nesse tipo de crime.
Investigações da Polícia Civil apontam ainda que a associação criminosa causou um prejuízo de mais de R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico no estado somente em 2024.
A operação tem como objetivo desarticular a estrutura criminosa e garantir mais segurança para a população, especialmente motoristas de transporte alternativo e empresas de turismo. Além das prisões, os agentes buscam apreender armas, celulares e outros materiais que possam reforçar as provas contra os investigados.
A ação faz parte da segunda fase da “Operação Torniquete”, que tem como objetivo reprimir roubo, furto e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade. Desde setembro, já são mais de 450 presos, além de veículos e cargas recuperadas.
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