O taxista Ricardo Sérgio da Fonseca Camargo Júnior aplicava golpes pela Zona SulDivulgação

Rio - A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (27), o taxista Ricardo Sérgio da Fonseca Camargo Júnior, de 44 anos, pelo golpe da "maquininha" de cartão de crédito. Na delegacia, o motorista afirmou que sua área de atuação preferida é a Zona Sul do Rio, onde atua da mesma forma desde 2021, faturando, em média, R$ 10 mil por semana com o crime.


Segundo investigações da 15ªDP (Gávea), ele é considerado o maior golpista em atuação na região. A prisão ocorreu após denúncia sobre uma tentativa de furto mediante fraude no bairro do Jardim Botânico. Conforme relatado pela vítima, no momento do pagamento da corrida, ela percebeu que o visor da máquina estava adulterado e se recusou a passar o cartão.

No decorrer do depoimento, foi fornecida a placa do veículo, modelo e características físicas do motorista. Em seguida, os agentes identificaram outros diversos registros de ocorrência envolvendo o mesmo táxi, localizado junto com o condutor nas imediações do Jardim de Alah.

Com Ricardo, os policiais ainda encontraram três máquinas de cartão com visor adulterado, dois celulares com contas do PagSeguro, nove cartões de crédito e uma pistola calibre 9mm municiada, utilizada, possívelmente, para coagir as vítimas.
O taxista agia principalmente nos bairros do Jardim Botânico, Gávea, Leblon, Ipanema e Copacabana. Ele foi autuado por tentativa de furto mediante a fraude e porte ilegal de arma de fogo de uso restrisito.
Como funcionava o golpe?

De acordo com apurado, o taxista costumava passar na "maquininha" R$900 mais o valor da corrida. Em seguida, ele transferia a quantia por pix para sua própria conta.

Segundo Ricardo, no momento do pagamento, ao inserir o valor maior que a viagem, ele fazia a vítima pagar por meio de aproximação ou inserção do cartão de crédito sem que ela pudesse visualizar o leitor. Geralmente, ele tapava a tela ou inclinava a máquina de forma que o passageiro não conseguia enxergar os números.

Em depoimento, ele confessou que atendia passageiros pela Zona Sul durante todo o dia, sempre em seu táxi. Em relação a condição de taxista, ele está regularizado.

Ao todo, Ricardo possui dez anotações criminais, em sua maioria por furto mediante fraude e estelionato com cartão de crédito. 
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado. O espaço está aberto para manifestações.