Agentes da 41ª DP apreenderam diversos cartões e máquinas usadas no esquemaReprodução

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Rio – Uma operação da Polícia Civil resultou, nesta sexta-feira (28), na identificação de um esquema de compra ilegal de créditos de vale-refeição em Jacarepaguá, Zona Oeste. A estimativa é de que a prática já tenha movimentado mais de R$ 10 milhões.
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Agentes da 41ª DP realizaram diversas apreensões no escritório da empresa - Reprodução
Agentes da 41ª DP realizaram diversas apreensões no escritório da empresa - Reprodução
Agentes da 41ª DP realizaram diversas apreensões no escritório da empresa - Reprodução
De acordo com a Polícia Civil, a empresa responsável pela atividade ilícita - que não teve o nome revelado para não prejudicar a operação, mas era regularizada no ramo de compra de vales - oferecia dinheiro em espécie em troca de créditos de auxílio-alimentação, porém, cobrando taxas abusivas descontadas pelo “serviço”. As investigações apontam que os valores oriundos dessas transações são fruto da lavagem de dinheiro de organizações criminosas.
Em conversa com O DIA, o delegado Ricardo Barbosa, titular da 41ª DP (Tanque), responsável pela operação, explicou que a compra de vale-refeição é um negócio lícito: "A empresa compra com um valor menor e usa o crédito. Por exemplo, dá R$ 800 em dinheiro e fica com crédito de R$ 1 mil".
O delegado acrescentou porque a atuação da companhia de Jacarepaguá era ilegal: "O crédito não era utilizado para refeições, e ainda havia um ágio [juro superior à taxa legal ou diferença entre o valor de mercado de um produto e o valor que se paga por ele] para a empresa".
A operação foi desencadeada após denúncia a respeito de atividade suspeita no estabelecimento. Com um mandado de busca e apreensão a cumprir, agentes da distrital estiveram no escritório da empresa, que estava vazio, e recolheram cartões de vale-refeição e de transporte e máquinas usadas na descarga irregular do saldo.
Barbosa complementou explicando que o fato de a empresa ter CNPJ foi um facilitador para as investigações: “Por tal razão, consegui acesso às máquinas de cartão, com as quais eles conseguiam realizar as operações fictícias e, assim, descarregar os valores”.
A Polícia Civil informou que quatro pessoas ligadas ao esquema foram identificadas e já estão sendo procuradas pelos policiais, que apuram ainda outros possíveis participantes. O objetivo da DP é dar continuidade à operação para constatar esquemas da mesma natureza em demais empresas.