Rio - Casas foram invadidas pela água no bairro Km 32, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na madrugada desta quarta-feira (21). Sem chuvas, moradores foram surpreendidos por um alagamento que atingiu as ruas das Mimosa, Cravinhas, Orquídeas e adjacências.
Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver o desespero das pessoas. "Meu Deus do céu! Tenha misericórdia! Uma senhora idosa, de 76 anos, olha a casa dela como está. A água está enchendo, na maior força", disse uma moradora.
"Ontem quando fui no quintal, por volta das 22h40, o barulho da água era muito forte, ouvi porque moro ao lado do valão", comentou outra.
População revela desespero após casas serem invadidas pela água no Km 32, em Nova Iguaçu. Equipes da Cedae atuam na região na manhã desta quarta-feira (21).
O caso aconteceu logo após a conclusão de uma manutenção preventiva da Cedae no Sistema Guandu, que deixou parte da população sem água desde a madrugada de terça (21).
Em comunicado, a Prefeitura de Nova Iguaçu informou que equipes da Secretaria Municipal de Defesa Civil estiveram no bairro para avaliar os impactos causados pelo rompimento de uma tubulação da Cedae. Ao todo, cinco residências foram atingidas pela água, mas não houve necessidade de interdição dos imóveis.
Além disso, não foram registrados desalojados, desabrigados ou feridos. Durante a tarde, a situação na região foi controlada e normalizada.
Procurada, a Cedae informou que uma equipe técnica segue no local realizando vistorias e monitorando a situação junto aos moradores. "Caso seja constatada alguma ocorrência pontual em imóveis, a Companhia irá tomar as providências necessárias e prestar o devido apoio aos moradores", ressaltou em nota.
Já a Águas do Rio esclareceu que não foram registradas ocorrências no sistema de distribuição de água da concessionária na localidade.
Manutenção em sistema da Cedae
Na madrugada de terça (20), a Cedae realizou a paralisação do Sistema Guandu para a realização de manutenção preventiva com foco na modernização e no ajuste operacional. Durante o período, a produção de água ficou temporariamente suspensa para os municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados.
O serviço foi concluído às 19h40 do mesmo dia. Todos os serviços programados foram realizados, e a captação e o tratamento de água foram retomados de forma gradual, de acordo com a demanda das concessionárias.
Segundo moradores, ainda durante a madrugada desta quarta (21), a distribuição de água não havia sido normalizada. "A água que está faltando nas torneiras está entrando nas casas dos moradores. Isso aí Águas do Rio", disse um morador nas redes sociais.
Outros casos
Essa não é a primeira vez em que a região passa pelo mesmo problema. Em fevereiro, a tampa de uma tubulação rompeu e provocou alagamentos na região. Na ocasião, a Águas do Rio informou que a quebra da tampa provocou o vazamento de um grande volume de água em direção às áreas mais baixas.
Em 2023, uma outra adutora da Águas do Rio estourou em um terreno próximo à Rua Santa Maria, no bairro km 32. Na ocasião, diversas casas da região foram invadidas pela água.
Em 2022, uma adutora da Cedae também se rompeu na mesma região afetando o fornecimento de água para municípios da Baixada Fluminense e localidades da Zona Norte da Capital. No local, ruas foram inundadas de água e de lama, que chegou a invadir casas.
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