Rio - O resgate da turista de Niterói, Juliana Marins, que caiu de uma trilha na Indonésia na noite de sexta-feira (20), ganhou reforço de guias experientes nesta segunda-feira (23). Segundo a irmã da vítima, as buscas haviam sido suspensas devido às condições climáticas, mas uma equipe de suporte foi enviada ao local.
"A gente confirmou que existe um reforço indo ao encontro da Juliana nesse momento. Dois guias bem experientes que são referências na região, com equipamento específicos para o resgate. Eles seguem na trilha a caminho do local da queda mesmo a noite. Ainda não sabemos se há condições na continuidade do resgate após a chegada deles ao lugar, mas sabemos que há reforço qualificado chegando para trabalhar junto a equipe que está lá. Vamos conseguir!", publicou a irmã nas redes sociais.
Guias experientes reforçam equipe de resgate de Juliana Marins na IndonésiaReprodução
Mais cedo, a irmã informou que a equipe de resgate só tinha avançado 250 metros abaixo, faltando 350m para chegar em Juliana. "Ele segue sem água, sem comida e agasalho por três dias!", lamentou.
O reforço teria chegado por volta das 19h do horário local. A diferença de fuso horário do país para o Brasil é de cerca de 10h. Esse é o terceiro dia de buscas pela brasileira.
Entenda o caso
Juliana fazia um passeio, por meio da empresa de turismo Ryan Tour, pelo vulcão Rinjani, em Lombok, ilha na Indonésia. A brasileira ficaria de sexta (20) a domingo (22) na região. A trilha integrava um passeio conhecido como mochilão, no qual ela estava desde fevereiro, com passagens por outros países asiáticos, como Filipinas, Vietnã e Tailândia.
Então, ela caiu da trilha. Um grupo de turistas espanhóis avistou a brasileira e passou a monitorá-la, fazendo fotos e vídeos, inclusive com uso de drone. As imagens mostram Juliana sentada em uma área inclinada, aparentemente com dificuldade de se levantar e retornar.
Eles localizaram Juliana nas redes sociais, e foi assim que a família tomou conhecimento do caso e conseguiu contato com o grupo no sábado (21). Mesmo assim, as notícias ainda eram escassas, o que só aumentava a angústia dos familiares. "Não se sabe se ela quebrou algum osso, porque ela não consegue se levantar. Ela não se mexia. O máximo que conseguia era movimentar os braços", descreveu Mariana, com base nas imagens enviadas pelos espanhóis.
Ainda segundo informações recebidas pela irmã de Juliana, a situação da turista ficou mais delicada após a passagem de uma neblina. "Eles (turistas espanhóis) ficaram horas sem ver a Juliana. A neblina molhou muito o solo, minha irmã passou a escorregar. E depois que a neblina sumiu, ela já estava bem mais abaixo na montanha, muito próxima do precipício."
Desde então, a família da turista tem feito apelos às autoridades para que acelerem as buscas e mobilizem mais reforços no resgate.
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