Rio - A Polícia Civil investiga a morte do empresário Álvaro Borges Ribeiro, de 70 anos, esfaqueado nesta segunda-feira (4) na Rua da Quitanda, altura do nº 194, no Centro do Rio. Segundo testemunhas, o suspeito entrou no prédio mascarado e com uma camisa enrolada no rosto por volta das 10h, horário comercial de grande movimento na região.
As autoridades retiraram o corpo do local do crime às 13h50 e levado ao Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto. Imagens de câmeras de segurança flagraram a entrada do homem na portaria imóvel. Ele foi reconhecido por funcionários, pois teria ido ao estabelecimento na última sexta-feira (1º).
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Nas redes sociais, a filha da vítima contou que o pai alugava salas comerciais no prédio e era muito conhecido na região. "Meu avô tinha uma sala ali, e meu pai começou a trabalhar com ele, vendendo sacarias de café. Com o tempo, ele formou uma sociedade e comprou outras salas do outro lado da rua. Todos neste pedaço da Rua da Quitanda, conheciam meu pai, pois ele sempre foi assim, por onde passava falava com todos, sorria e irradiava alegria. Ele era muito querido e conhecido! Seu Álvaro ou Alvinho, era bem famozinho o meu paizinho", contou.
A filha, que mora no interior do Rio, relatou que viu o pai pessoalmente há alguns meses. "Quando eu chegava, ele já estava me esperando na entrada do prédio, com aquele sorriso de sempre no rosto. Íamos caminhando de braços dados, ele cumprimentando todos e dizendo orgulhoso: Essa é minha filha mais velha. Durante o almoço, nos conectávamos de uma forma única, um elo forte entre pai e filha. Depois, íamos ao escritório e nos despedíamos", disse.
O encontro, neste ano, foi feito apenas uma vez e deixa saudades. "A Rua da Quitanda sempre foi sinônimo de amor, conexão e descontração. Agora, Rua da Quitanda é escuridão", declarou.
Ainda nas redes, amigos e parentes lamentaram a morte do empresário. "Ele era uma pessoa muito querida, é inacreditável que isso tenha acontecido com ele. Que descanse em paz e que a Justiça seja feita. Não sei o que aconteceu, sou inquilina da sala dele do prédio da frente há muitos anos, é muito triste que tudo isso tenha acontecido com uma pessoa de coração tão bom", disse uma colega. "Alvinho era uma alegria. Sempre sorrindo", afirmou outro.
Até o momento, não há informações sobre o enterro. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realiza buscas para determinar a motivação e a autoria do assassinato.
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