Primeira unidade da Elite da Guarda Municipal será no Leblon, na Zona SulMarcos de Paulo/Prefeitura do Rio
Em sua fase inicial, haverá três unidades operacionais. Além do Leblon, uma ficará em Inhoaíba, na Zona Oeste, e outra na Piedade, na Zona Norte. Cada base terá aproximadamente 500 metros quadrados de área construída e capacidade para receber até 200 agentes, totalizando 600 nas três unidades.
"Tomamos a decisão de armar uma parte da Guarda Municipal, criando um grupo de elite que vai ter o papel de combater os crimes de rua, roubos e furtos. Ela não vai ter o papel de combate à ocupação territorial, tráfico, milícia. Ela vai cuidar dos principais pontos de fluxo das pessoas na cidade", disse Paes.
Segundo o prefeito, o treinamento vai começar em setembro. "Ao longo do tempo, iremos, com muito critério, cuidado e treinamento, além de organização e gestão, ampliar o tamanho da Força Municipal para que ela possa atender toda a cidade. É um processo novo que a prefeitura entra para poder colaborar com as forças de segurança do governo do estado", acrescentou.
O projeto de construção da base está sob responsabilidade da Rio-Urbe, vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura. O investimento será de aproximadamente R$ 2,7 milhões.
A atuação da Força Municipal será baseada em dados e evidências científicas. As intervenções serão estratégicas nas áreas de maior incidência de delitos, e as ações adaptadas às características de cada região. Todos os guardas sairão às ruas com um Quadro de Missão Diária (QMD), geolocalização ativada e atuação mapeada com base na mancha criminal de cada região.
"A Divisão de Elite da Guarda Municipal, nossa Força Municipal, vai ser fundamental para o cumprimento das metas estratégicas de redução de crimes na cidade do Rio. Dentro das nossas premissas de atuação estão o treinamento, seleção de elite desse grupamento e as bases onde essas pessoas estarão sediadas", disse o secretário de Ordem Pública e futuro diretor-geral do grupo, Brenno Carnevale.
Os agentes serão dedicados exclusivamente à função e terão uma atuação adaptada às características de cada região. Cada um dos guardas trabalhará com câmeras corporais e rádios, que não podem ser desligados, sendo monitorados com receptor GPS.
O modelo de gestão será baseado no Compstat, um sistema de gerenciamento policial baseado em dados, desenvolvido pela Polícia de Nova Iorque. O prefeito se reunirá, regularmente, com a corporação e com gestores municipais para discutir os problemas prioritários com base em relatórios de dados e definir estratégias de controle.



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