Sérgio Stamile era conhecido como 'Pirata do Arpoador' Reprodução
TJRJ condena dupla por latrocínio de músico no Parque Garota de Ipanema
Sérgio José Coutinho Stamile, 41, foi atacado após um desentendimento com Pablo Francisco da Silva e Flávio Lima de Mello
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) condenou dois homens pela morte do publicitário, empresário e músico Sérgio José Coutinho Stamile, 41. O crime aconteceu em agosto de 2021, quando a vítima foi atacada pela dupla, no Parque Garota de Ipanema, na Zona Sul. Os acusados foram sentenciados pelo crime de latrocínio - roubo seguide de morte.
O juiz Ricardo Coronha Pinheiro, da 39ª Vara Criminal do TJRJ, decidiu pela condenação de Pablo Francisco da Silva a 27 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, e Flávio Lima de Mello a 23 anos e 4 meses, ambos em regime fechado. "Na medida em que o crime de latrocínio foi cometido mediante violência e grave ameaça, consubstanciadas em entrar em luta corporal com a vítima, aplicando-lhe um golpe fatal chamado mata-leão, enforcando-a, recurso que impossibilitou a defesa da vítima", justificou o magistrado.
Stamile era namorado da atriz, cantora e produtora Carla Daniel. No dia do crime, Sérgio teria sido deixado em casa por ela, mas não chegou a entrar no apartamento, e teria ido direto para as proximidades do parque, onde meditava com frequência. Ele teria seguido em direção a praia e, cerca de três horas depois, entrado no Garota de Ipanema.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o músico entrou no Parque por volta de 1h34 e, sete minutos depois, discutiu com Pablo Francisco e Flavio. A especializada descobriu que os dois moradores de rua que costumam dormir na região teriam feito uma brincadeira com o artista, que não gostou da provocação e respondeu de forma ríspida. Ele entrou em uma gruta do local e logo depois foi acompanhado pelos dois homens.
Minutos depois, os suspeitos deixaram a gruta com os pertences da vítima. De acordo com a denúncia, ambos imobilizaram e asfixiaram o artista durante o desentendimento entre eles e depois fugiram com os objetos de Stamile, que era conhecido como "Pirata do Arpoador", por ter o costume de ir até a pedra meditar. A acusação contou com imagens de câmeras de segurança do local que capturaram o momento do crime e identificaram os réus como autores do latrocínio.

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