Mar da Praia do Flamengo ficou lotado neste domingoÉrica Martin

Rio - A Praia do Flamengo, na Zona Sul, teve mais um fim de semana de sol e mar lotado. Neste domingo (5), ficou até difícil de caminhar em meio a tanta gente em um espaço que, até pouco tempo, era considerado impróprio para banho. A fama mudou: as medições do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) confirmam a despoluição e asseguram que a região está apta para o banho. Nos próximos dias, no entanto, o movimento deve cair por causa de uma frente fria que chega à cidade.
A segunda-feira (6) deve ser o único dia de sol no Rio nesta semana. A previsão aponta para um céu com poucas nuvens e calor, com máxima de 37º C. O tempo tem a reviravolta na terça-feira (7) com a chegada da frente fria oceânica e a formação de um sistema de baixa pressão próximo da costa. Isso deve causar o aumento da nebulosidade e uma chuva fraca isolada a partir da tarde, assim como uma queda na temperatura.
Na quarta-feira (8), o cenário continua instável. O tempo segue esfriando e deve ficar entre 16º C e 24º C, acompanhado de ventos fracos a moderados. Devido ao transporte de umidade do oceano em direção ao continente, há previsão de chuva fraca a moderada isolada a qualquer momento de quinta-feira (9). A temperatura mínima cai para 15º C, mas a máxima continua a mesma.
Despoluição na Praia do Flamengo
Após quatro décadas, a Praia do Flamengo tem se mostrado constantemente como próprio para banho em 2025 e vem recebendo o prestígio dos cariocas. Em 2023, as amostras coletadas pelo Inea apontaram que o mar na região ficou impróprio para mergulho em 65% das vezes. Já no ano seguinte, das 192 amostras obtidas pelo Inea em dois pontos da Praia do Flamengo, 153 apontaram a aptidão para a balneabilidade, o que representa quase 80%.
Os números são ainda melhores em 2025: 88% das amostras apontam que a praia própria para banho. A última medição com resultado negativo aconteceu no início de abril. A sequência positiva é a segunda maior entre todas as praias da Zona Sul, ficando atrás somente da Praia Vermelha.
Uma das medidas que ajudou a melhorar a qualidade da água foi a reativação do Interceptor Oceânico, equipamento que capta esgoto e águas pluviais e os leva ao emissário submarino de Ipanema. Abandonado por 52 anos e completamente obstruído, o sistema passou por desassoreamento e retirou cerca de 3 mil toneladas de resíduos, voltando a funcionar plenamente e impedindo que o esgoto chegasse à orla.