Corpo de Marcelle Júlia foi encontrado na casa do chinês Zhaohu Qiu Divulgação

Rio - A Justiça do Rio marcou para quarta-feira (12), às 14h, a primeira audiência do comerciante chinês acusado de matar a jovem Marcelle Júlia Araújo da Silva, de 18 anos. Segundo as investigações, Zhaohu Qiu, de 35 anos, conhecido como Xau, cometeu o crime e, sem seguida, jogou o cadáver para os cães comerem em uma casa na comunidade Beira Rio, na Pavuna, Zona Norte do Rio. O estrangeiro está preso desde junho. Na época, ele fugiu do Rio, mas acabou sendo encontrado em São Paulo. 
Na oitiva, serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa. Familiares de Marcelle Júlia esperam que Xau pegue a pena máxima. "O que ele fez foi muita crueldade e tudo planejado. Estamos  confiantes que a justiça será feita. Isso não vai trazê-la de volta, mas que ele pague por toda maldade que cometeu e pegue pena máxima", disse a tia da jovem, Cláudia Luciano de Araújo.
Relembre o caso
Marcelle Júlia Araújo da Silva, de 18 anos, foi encontrado morta em 14 de junho, no interior de uma residência, na Rua São Fidélis, nº 113, na comunidade Beira Rio. A jovem havia parado de fazer contato com a família e amigos dois dias antes. O corpo dela acabou sendo encontrado em uma das residências de Zhaohu Qiu, que estava desocupada por causa de obras, enrolado em uma lona azul, parcialmente devorado por cães.
A Delegacia de Homicídio da Capital (DHC) obteve imagens de câmeras de segurança que mostram a vítima chegando à casa de Xau de bicicleta. Em outro vídeo, o suspeito aparece saindo de casa, na manhã do dia 12 de junho, puxando um carrinho coberto por uma lona azul, semelhante à que enrolava o corpo da vítima. O chinês vendia yakisoba em um food truck no Jardim América, também na Zona Norte, e era vizinho de Marcelle. Ele seria próximo da família da vítima e teria uma paixão não correspondida por ela.
Zhahou Qiu fugiu do Rio de Janeiro e acabou preso dias após o crime, no município de Carapicuíba, na Grande São Paulo. A DHC concluiu as investigações e indiciou Xau pelo assassinato da jovem. De acordo com a Polícia Civil, o comerciante confessou o assassinato e que utilizou um carrinho de mão coberto com uma lona para transportar o corpo da casa onde ele morava até a residência que estava em obras. O trajeto tem cerca de 800 metros.