Muitas vezes, as pessoas me perguntam como eu consigo apresentar um programa onde são retratadas, na maioria das vezes, as dores e os problemas do Rio de Janeiro…

Eu respondo sempre que é uma blindagem jornalística, como um médico tem numa mesa de cirurgia.

Mas ontem foi um dos raros momentos onde nenhuma blindagem foi suficiente, diante de uma dor tão absurda em palavras que eu presenciei no programa que apresento há mais de 10 anos.

Já ouvi relatos dolorosos de filhos que perderam seus pais de forma violenta, mas ouvir de um pai, de uma forma tão genuína, no auge da sua dor e ferida aberta, que o filho dele de 12 anos foi morto por vagabundos, traficantes e milicianos que disputam uma área em Queimados, enquanto entregava quentinhas, foi demais… Furou qualquer blindagem profissional.

Era o Fernando Elias Santana da Silva, pai do L. E. S. S.

L. tinha apenas 12 anos, tava entregando quentinhas para ajudar o pai desempregado há mais de cinco anos. Na dor e no desespero da pobreza, o sangue do menino vai muito além. Não é apenas um pai desesperado, mas alguém que não tem mais nada a perder!

Um pai que dá a cara a tapa, mesmo sabendo que é um risco pra ele mesmo… Porque essa guerra não vai parar!

Um filho que ajudava a levar comida pra dentro de casa, morrer por bala de vagabundo…

É impossível não fazer um comparativo com a realidade de si próprio. Enquanto nossos filhos estavam na escola, ou em casa, o filho dele estava na rua, num campo minado de guerra civil, para tentar ajudar esse pai no auge da infância.

A dor do Seu Fernando, em palavras e no choro sofrido, que além da pobreza maior, era porque não tinha dinheiro pra enterrar o próprio filho! Esperava há mais de 24 horas por um caixão social.

O maior sentimento dele era não ter protegido seu filho... Mas a culpa não é dele!

A culpa é de uma ineficiência, de quem protege vagabundo, e da gente como sociedade que falhou…

A gente tá falando de Queimados, logo ali, mas poderia ser em qualquer local desse Rio de Janeiro, que não sejam as pequenas bolhas privilegiadas.

O pobre é sempre o maior refém do vagabundo. E quem defende esses vagabundos, também tem as mãos sujas de sangue.

O choro daquele pai nunca mais vai sair da minha cabeça…

Normalizar a dor do pobre é simplesmente ignorar que o pobre existe.

E isso já é feito diariamente na negligência das autoridades, na corrupção das instituições e também por aqueles que adoram palanque e não se importam com quem cai no chão, mas com quem aperta o gatilho.

3,2,1… É DEDO NA CARA!
TÁ BONITO!

Pastor Leonardo Sale vai realizar vigília no RioDivulgação

No Instagram, mais de 1 milhão de seguidores… No Tik Tok, quase 3 milhões e mais de 27 milhões de curtidas!

Esses são só alguns números do pastor Leonardo Sale, da Igreja Pentecostal Tempo de Milagres, que explodiu nas redes sociais e desde então bomba por todo o Rio e também no Brasil.

E na próxima sexta, às dez da noite, no Espaço Hall, a maior casa de show do Rio, o “profeta das multidões” promete não fazer diferente…. Vai realizar uma mega vigília, de graça, que deve reunir mais de 10 mil pessoas…. Gente de todo o país e do mundo!

Pra ter noção, a vigília foi divulgada até nos telões da Times Square, em Nova York!

Se você olhar os comentários nas páginas, vai perceber a quantidade de caravanas que vão chegar na sexta-feira… Se puder, é só levar um quilo de alimento.

Isso que é fazer o bem ao seu semelhante, independentemente de religião…

“Vamos passar uma madrugada inteira buscando o poder de Deus”, escreveu o pastor nas redes.

Então, o recado tá dado! Quando se prega o amor ao próximo e a empatia, como o pastor faz, o resultado só podia ser esse!
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Viva o poder da fé, e tenho dito!