Comitiva da prefeitura de Campos visitou, quarta-feira, obras do Porto Central, em Presidente Kennedy Foto Divulgação
Porto Central gera expectativa sobre novos empregos e negócios
Complexo portuário é construído em Presidente Kennedy (ES), que faz divisa com o norte do estado do Rio de Janeiro
Campos – Relacionado entre os maiores e mais modernos complexos portuários industriais da América Latina, o Porto Central, em construção na cidade de Presidente Kennedy, no sul do Espírito Santo, faz divisa com o estado do Rio de Janeiro e poderá influenciar, principalmente, nas economias de São Francisco do Itabapoana e Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
O empreendimento é construído em uma área de aproximadamente dois mil hectares no litoral capixaba; terá 54 berços destinados a operações, com até 25 metros de profundidade e capacidade de receber os maiores navios do mundo. Cerca de 1.300 trabalhadores atuam na primeira fase, a construção de um terminal de granéis líquidos de águas profundas, voltado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship).
Até o final de 2027 há previsão de o porto começar a operar, com estimativa de gerar 4.200 empregos diretos. São Francisco tem demonstrado preocupação quanto aos impactos sociais, econômicos e ambientais, pelo fato de o município estar localizada na Área de Influência Direta (AID) do projeto, embora a estrutura física principal do complexo não afete o território sanfranciscano.
No entanto, as obras já iniciadas em Presidente Kennedy abrem oportunidades de empregos e negócios para municípios próximos, também no estado do Rio. Um deles é Campos, com o governo municipal designando representantes para buscar detalhes mais aprofundados sobre o complexo portuário e estreitar relacionamento com os diretores, quarta-feira (12).
Fizeram parte da comitiva o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Inovação, Marcelo Neves; subsecretário, Felipe Knust; diretor executivo de Políticas Energéticas, Alair Almeida; diretor de Inovação, Diogo Manhães; e assessor especial do prefeito Wladimir Garotinho, Victor Menezes Alves de Azevedo. Eles foram recepcionados pelo supervisor de obras do porto, Antônio Benevenuto, e a coordenadora de Socioeconomia, Lea Reis.
CATÁLOGO - Na avaliação de Neves, o porto é mais uma grande oportunidade que se abre para Campos, exemplificando que a maior parte da mão de obra e das empresas da cadeia produtiva será dos municípios próximos: “Como maior cidade do estado do Rio, Campos será uma das beneficiadas”.
O secretário lembra que Campos é o principal polo universitário de uma área que engloba cerca de 50 municípios e observa que o Porto Central também criou um Catálogo de Fornecedores, cadastrando empresas da região que queiram fornecer produtos e serviços: “Estamos acompanhando de perto as demandas para viabilizar oportunidades de negócios para as empresas de Campos”.
O encontro contou, ainda, com as participações de Thiago Costa, do Sebrae-RJ; Ricardo Menezes, do Convention Bureau Costa Doce; secretário de Desenvolvimento Econômico de Presidente Kennedy, Tiago Moreira; secretário de Administração de Marataízes, Gutemberg dos Santos Souza; e o assessor da prefeitura de Marataízes, Fausto Enrico Costa.

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