Na produção de abacaxi, São João da Barra está atrás apenas de São Francisco de Itabapoana Foto Divulgação

São João da Barra - Quem comparecer à ExpoBarra, de seis a dez de setembro, no Parque de Exposições de São João da Barra, terá oportunidade de conhecer um resumo do potencial agrícola do município que é o segundo maior produtor de abacaxi no Estado dório de Janeiro, além de destaque na produção de maxixe e quiabo.
A expectativa é gerada por vários aspectos; porém, chama atenção o que acaba de declarar a prefeita Carla Caputi: “Atividades econômicas históricas, como agricultura, pesca e pecuária, contam com o apoio do poder público para o seu fortalecimento”. Ela adianta que a Secretaria Municipal de Agricultura estará presente na Expo com estande mostrando as provas.
“Estarão incluídas na programação palestras e competições que visam a contemplar especificamente o trabalhador rural”. A política adotada pela prefeita ressalta que o município tem na agricultura uma das suas atividades econômicas mais tradicionais. Por muitas vezes a produção local figura em posição de destaque nos rankings estaduais, sobretudo em culturas como maxixe, quiabo e abacaxi.
De acordo com Carla Caputi, a Secretaria Municipal de Agricultura acompanha de perto o trabalho desenvolvido pelos mais de mil trabalhadores rurais no município, com várias ações de apoio aos produtores. “Neste mês, a prefeitura retoma a sua exposição agropecuária, a ExpoBarra; é mais uma forma de valorizar a vocação, com uma programação dedicada aos produtores locais”, pontua.
“Nós vemos de maneira positiva a chegada de grandes empresas para a área do complexo portuário do Açu, investimentos em diferentes setores no município, o futuro promissor na questão da energia limpa”, expõe a prefeita ressalvando: “Sabemos que tudo isso corrobora para o desenvolvimento, com a geração de mais empregos; contudo, a prefeitura também se preocupa em manter vivas as nossas raízes”.
Dentro desta linha, Carla Caputi dá brilho a um resultado, entre outro, do apoio que o governo garante ao setor: o município é destaque na produção de quiabo e maxixe, já sendo o maior do estado. O engenheiro agrônomo Gustavo Perrout reforça, ilustrando que as culturas continuam entre as principais, atrás apenas do abacaxi, que passou a ser o mais produzido.
“Em área e em peso, hoje a nossa maior produção é de abacaxi; provavelmente, também é a que dá maior retorno financeiro; depois vem quiabo, maxixe e olerícolas em geral - pimentão, tomate, batata-doce”, cita o agrônomo apontando que essa produção está presente de forma mais efetiva na região do quinto distrito, o de a maior concentração atualmente é do plantio de coco.
Dados compilados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater/RJ) apontam que São João da Barra é o segundo maior produtor estadual de abacaxi - atrás apenas de São Francisco de Itabapoana, município que foi emancipado do território sanjoanense em 1995.
Segundo o levantamento, em 2022, a colheita somou 9,2 mil toneladas, enquanto de janeiro a julho deste ano já chegou a 1,9 mil toneladas. Tradicionalmente, os números mais expressivos são registrados de outubro a dezembro. Os dados indicam ainda que no ano passado foram 1.142 toneladas de quiabo, além de 380 de maxixe.
APOIO AMPLO - Nos primeiros sete meses de 2023, 134 toneladas de maxixe e 580 toneladas de quiabo. O secretário de Agricultura, Carlos Alberto Sá Viana, assinala que como forma de incentivo permanente aos pequenos e médios agricultores e pecuaristas do município, a prefeitura oferece o atendimento com a patrulha mecanizada; campanha de vacinação contra a manqueira e a febre aftosa; programa de distribuição de sementes.
Há também apoio à Feira do Produtor e parceria com a Emater, disponibilizando assistência técnica; e à formalização e comercialização de produtos através do Programa Nacional de Merenda Escolar (Pnae): “A patrulha mecanizada, mediante agendamento, tem em média 440 atendimentos por mês”.
O secretário detalha que os tratores contam com implementos como grade, colheitadeira de batata doce, plantador de grãos, batedor de grãos, espalhador de calcário, arado, sulcador e grade fina: “Cada produtor pode contar com até três horas mensais de atendimento, sendo trator ou retroescavadeira, 100% gratuito para o preparo do solo”.
Sá Viana acentua que a frota conta com nove tratores, três retroescavadeiras, uma motoniveladora e dois caminhões e gera uma economia mensal para os produtores de mais de R$ 170 mil, pois o serviço gratuito inclui o maquinário, implementos, combustível e profissionais especializados para operação do maquinário.