Estados Unidos - Um Tesla Roadster vermelho está, neste momento, viajando a 40 mil quilômetros por hora rumo à órbita de Marte. Ao volante, Starman, um boneco com traje de astronauta; no painel, os dizeres "Don't panic!", ou "Não entre em pânico!", em inglês. Dentro do carro elétrico de 100 mil dólares, etiquetas que avisam: "Made on Earth by humans" ou "Feito na Terra por humanos". São esses os protagonistas da mais recente aventura de Elon Musk, visionário da montadora Tesla e da SpaceX, companhia privada que está revolucionando a corrida espacial.
Pôr um carro no espaço sideral parece uma excentricidade, mas o sucesso da empreitada tem grande valia para a exploração do cosmo. O Falcon Heavy, mais poderoso foguete do momento, é também muito viável economicamente. O lançamento custou 90 milhões de dólares, uma ninharia perto do bilhão de dólares previsto para um voo do SLS, o foguete similar da Nasa.
Grande parte da economia está nos propulsores reutilizáveis. Dos três usados na terça-feira, dois retornaram como cães domésticos à base de Cabo Canaveral (o principal se perdeu no mar).
A companhia afirma que o Falcon Heavy "pode transportar o dobro de carga útil que o foguete operativo mais poderoso que existe, o Delta IV Heavy", por um terço do preço.
O 'satélite-carro' de Musk se saiu tão bem que vai passar da órbita de Marte, chegando ao Cinturão de Asteroides. Lá, deve manter distância e vagar no espaço por bilhões de anos. Isso se não bater...